São Paulo – Em fevereiro foram comercializados 129,9 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, de acordo com dados preliminares do Renavam obtidos pela Agência AutoData. O resultado ficou 9% abaixo do registrado em janeiro, 142,9 mil unidades, e representou queda de 1,8% com relação ao mesmo mês do ano passado, 132,3 mil.
Fevereiro, todavia, por causa do carnaval, teve dezoito dias úteis, contra 22 em janeiro. Assim, pela média diária, as vendas aceleraram: saíram de 6,5 mil unidades/dia em janeiro para 7,2 mil/dia em fevereiro, alta de 10%.
E, embora tenha ficado abaixo de fevereiro de 2022, no acumulado do primeiro bimestre o saldo foi positivo: 272,8 mil unidades, crescimento de 5,4% sobre as 258,8 mil de janeiro e fevereiro do ano passado – dois meses fortemente influenciados pela baixa atividade nas linhas de montagem por causa da crise dos semicondutores, que resultou em falta de veículos nas concessionárias. O primeiro bimestre do ano passado, inclusive, foi o pior desde 2005.
A expectativa dos varejistas, porém, era de mercado mais acelerado neste início do ano. Segundo uma fonte afirmou à reportagem as vendas no varejo estão baixas e há um grande volume direcionado às locadoras, que também estão com apetite menor: “O estoque de usados das locadoras está elevado e se desvalorizando porque o preço dos usados vem caindo”.
A Anfavea também esperava volumes mais fortes neste início do ano. Em janeiro, na entrevista coletiva de apresentação dos resultados de 2022, o presidente Márcio de Lima Leite alertou para uma possível distorção dos resultados, apontando crescimento forte, na casa dos dois dígitos, mas sobre uma base baixa. A realidade, porém, é que os volumes crescem mas a ritmo bem inferior ao imaginado.