São Paulo – A publicação do novo edital do programa Caminho da Escola, que prevê a compra de 16,3 mil ônibus para prefeituras utilizarem no transporte escolar, traz um bom panorama para as empresas fabricantes de chassis de ônibus. Mas a Anfavea acredita que os resultados só serão sentidos nos emplacamentos em 2024, começo de 2025, por causa do longo prazo que envolve a negociação dos ônibus, desde a encomenda até o emplacamento.
Na semana que vem será feita a abertura pública da licitação. Até lá as empresas deverão enviar suas propostas.
O segmento, de janeiro a agosto, apresentou crescimento de 39,2% ante iguais meses de 2022, com 10,3 mil emplacamentos, alta puxada pelo grande volume de encomendas realizadas no ano passado, antes da chegada do Euro 6. Em agosto as vendas somaram 1,5 mil unidades, recuo de 14,7% na comparação com agosto de 2022 e de 2,7% com relação a julho.
No últimos cinco anos 52% das vendas de janeiro a agosto eram de veículos produzidos no ano, mas em 2023 este porcentual está em 24% por causa da baixa demanda do mercado por veículos com motor Euro 6, que são menos poluentes mas custam, em média, 20% a mais do que modelos Euro 5.
A produção de ônibus caiu 32,6% de janeiro a agosto, 13,5 mil unidades, diante do mesmo período do ano passado. No mês passado foram produzidos 2 mil chassis, queda de 42,5% com relação a agosto de 2022 e avanço de 7,6% na comparação com julho.
As exportações no acumulado do ano registraram queda de 2,3%, 3,3 mil unidades, diante do mesmo período de 2022. Em agosto foram exportados 499 chassis, recuo de 26,7% sobre agosto do ano passado e de 5,3% na comparação com julho.