São Paulo – Inovação e desenvolvimento foram temas debatidos no terceiro dia do Seminário Megatendências 2023 – O Novo Brasil, organizado pela AutoData Editora. De acordo com Camilo Adas, diretor e conselheiro da SAE Brasil, o Brasil não consegue, hoje, fazer parte do jogo global dos veículos: “Precisamos aprender a usar o nosso dinheiro e nossa capacidade intelectual para fazer parte desse setor, que é gigantesco. Se conseguirmos nos posicionar teremos grandes oportunidades no futuro”.
Para exemplificar sua visão ele apresentou o Global Innovation Index 2022, que classificou os países por sua capacidade de inovação, e o Brasil apareceu no 54º lugar, com 32,5 pontos dos 100 que poderia ter. Esse ranking foi liderado pela Suíça, com os Estados Unidos em segundo lugar e a Suécia em terceiro. Outros países como Alemanha, Dinamarca, Reino Unido e Holanda aparecem nas dez primeiras posições.
Para o futuro Adas acredita que a economia do hidrogênio será uma realidade e que, se o Brasil começar a trabalhar nisto hoje, poderá ser um grande player global até 2040 ou 2050. A Europa está de olho na compra de energia solar e eólica gerada no País e no etanol como matéria prima para ser convertido em molécula de hidrogênio:
“Quando a economia do hidrogênio for realidade não podemos ser exportadores de uma commodity que será transformada em molécula de hidrogênio e industrializada lá fora, para a comprarmos por um valor muito maior depois. Temos que nos desenvolver para ser um fornecedor global dessa tecnologia”.
O transporte do hidrogênio, considerado complexo por Adas, também será um mercado cheio de oportunidades para o Brasil.