Itupeva, SP – Com preços, em média, 40% menores do que um componente novo, o mercado de peças remanufaturadas começa a ganhar espaço dentro das empresas, também pela qualidade e benefício ofertado. A Knorr-Bremse anunciou, durante a Automec, a chegada da marca EconX, já oferecida na Europa, com expectativa de que a linha represente de 3% a 4% de seus negócios no aftermarket local.
Produzidas na mesma linha de produção dos componentes novos em Itupeva, SP, com mudanças apenas na programação para certificar a qualidade, as peças remanufaturadas consomem 85% menos energia, 90% menos água, 99% menos material e produz 99% menos resíduo do que seu equivalente novo. O grande desafio ainda é a logística reversa, feita por uma parceira da Knorr-Bremse.
Segundo Jefferson Germano, gerente de vendas de peças de reposição da Knorr-Bremse, a empresa tem solicitado ao cliente que entregue a peça usada na hora de adquirir uma remanufaturada, concedendo descontos. Consegue, assim, coletar de 2 a 3 mil peças por mês para a remanufatura – todas são avaliadas e cerca de 80% delas retorna para a linha de produção, capaz de entregar cerca de 1,2 mil unidades por mês.
A linha EconX oferece diversos produtos remanufaturados no mercado de reposição, como compressores, freios a disco, secadores de ar, midi servo e cilindros combinados que são comercializados por centenas de revendedores em todo o País.
Segundo Germano a expectativa é a de que as vendas da fornecedora na reposição cresçam de 10% a 12% em 2023, em linha com o que o mercado deverá avançar na comparação com 2022. “Essa expansão será impulsionada pelo reajuste nos preços e também pelo tíquete médio maior dos componentes com maior valor agregado”.
O executivo considerou o segmento bastante estável, apresentando crescimento médio de 5% a 10% ao ano.