São Paulo – A produção de chassis de ônibus continua sendo prejudicada pela mudança de motorização para a tecnologia Euro 6, que encareceu os produtos. De janeiro a julho a indústria registrou queda de 30,5% na comparação com iguais meses do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Anfavea na segunda-feira, 7. Foram produzidas 11,4 mil unidades contra 16,5 mil em 2022.
Segundo Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, apenas 17% dos emplacamentos de ônibus, de janeiro a julho, corresponderam a veículos que saíram das linhas de produção em 2023, com motor Euro 6. Foram licenciados 12,8 mil unidades no período, expansão de 50% sobre os sete primeiros meses de 2022. Usando como base a média dos últimos cinco anos, disse ele, este porcentual deveria ser 33%.
“A produção ainda sofre com a baixa demanda do mercado, dificuldade específica causada pela chegada do Euro 6. As montadoras ainda estão adequando suas fábricas ao ritmo do mercado.”
Em julho foram produzidos 1,9 mil chassis, recuo de 2,4% com relação a junho e grande queda de 39,2% na comparação com julho do ano passado. Bonini lembrou que a produção do segundo semestre de 2022 foi maior, volume que refletiu positivamente nas vendas de 2023, mas puxou para baixo a comparação da produção. O mercado consumiu 1,5 mil ônibus no mês passado, incremento de 20,8% ante julho do ano passado e queda de 15,3% com relação a junho.
No acumulado do ano as exportações de chassis de ônibus apresentaram alta de 3,9% sobre igual período do ano passado, com 2,8 mil unidades. Em julho foram exportados 527 chassis, volume 0,4% maior do que no mesmo mês de 2022 mas 22,8% menor do que o de junho.