Entidade mantém alocados em sua sede profissionais da ABNT para oferecer suporte
São Paulo – Reeleito diretor presidente do IQA, Instituto da Qualidade Automotiva, Claudio Moyses relatou que a eletrificação é tema que a entidade acompanha de perto pois, embora muito dessa tecnologia ainda seja importado, e o governo brasileiro, junto às montadoras, ainda debata questões de padronização, sua presença no mercado brasileiro apresentou crescimento importante no último ano e meio.
Nos últimos dois anos o instituto vem trabalhando com o Inmetro na questão da infraestrutura da qualidade, sobre possíveis formas de provê-la, seja com laboratórios, normas ou regras. Existe, na sede do IQA, um canal automotivo da ABNT, Associação Brasileira de Normas e Técnicas, o ABNT/CB – 005, em que profissionais do setor ficam alocados para dar todo o suporte necessário.
“O treinamento é muito importante para lidar com a eletrificação. Como vou atender na rede veículos eletrificados? Estou preparado? Qual o risco para os profissionais que farão a manutenção? É fundamental garantir a segurança dos envolvidos.”
O exemplo mais direto são as baterias. Seja sob o ponto de vista de segurança ou da destinação da sua reciclagem, ressaltou Alexandre Xavier, superintendente do IQA:
“Com certeza regulamentações e certificações serão necessárias para aspectos de segurança do consumidor, proteção contra impactos ambientais e mesmo dentro da lógica de concorrência leal de mercado”.
Além disso, é importante garantir que todos os concorrentes que atuarão no mercado brasileiro tenham a qualidade mínima em alinhamento com referências internacionais: “Isto é importante também para que tenhamos competitividade das empresas brasileiras dentro e fora do nosso território”.
Moyses afirmou que as montadoras puxarão os investimentos e, a exemplo da Stellantis, que vai optar pela localização, haverá componentes que a cadeia local terá a possibilidade de desenvolver:
“Será um processo de transição, pouco a pouco, sempre olhando para esta trilha tecnológica. No começo deverá haver muita coisa relacionada a etanol e veículos híbridos mas, depois, virão as células de combustível. As oportunidades aparecerão. Por isto os fornecedores terão que se preparar, principalmente capacitando profissionais e abrindo-se ao novo. Para isto o IQA está trabalhando. Independentemente da tecnologia”.