São Paulo – A GWM entende que o governo brasileiro deve conceder incentivos fiscais para o desenvolvimento e produção de veículos movidos com novas tecnologias de energia limpa. E, segundo seu CCO Oswaldo Ramos, a empresa não é contra que se ofereça um incentivo maior para modelos produzidos em regiões ainda em desenvolvimento, desde que seja para propulsão limpa.
“O que não faz sentido é que exista incentivo para produzir carro com motor a diesel. Hoje em dia não há mais desenvolvimento de diesel, é uma tecnologia que se tornou sobra do mundo”.
Ramos se referiu, sem mencionar nome, à Stellantis, que produz versões a diesel dos modelos Jeep Compass e Commander e das picapes Fiat Toro e Ram Rampage em sua fábrica em Goiana, PE. Para ele a eventual extensão do regime automotivo do Nordeste até 2032, que está em discussão no Congresso Nacional, só faria sentido se tivesse a condição de ter veículos movidos a energia limpa em produção, “desde que não crie diferencial competitivo muito grande”.
De toda forma, segundo ele, incentivos não são a prioridade da GWM:
“Quando fui à matriz questionei a razão de escolher o Interior de São Paulo, e não uma região com incentivos, para produzir. A resposta dos chineses foi a seguinte: nossa experiência diz que fábrica com incentivo só funciona enquanto estiver com incentivo e nós pensamos no longo prazo. E o Interior paulista é uma região com muitas fabricantes asiáticas, o que ajudaria a desenvolver fornecedores para o sistema híbrido. A equação competitiva fazia mais sentido”.