São Paulo – A venda de veículos importados das empresas associadas à Abeifa cresceu 127,7% em 2023 na comparação com 2022, somando 41,5 mil unidades. O setor já vinha com bom desempenho até novembro, quando o governo anunciou a volta gradual do imposto de importação a partir de 2024, o que gerou a antecipação de compra por consumidores interessados por modelos híbridos e elétricos importados, que tiveram seus preços reajusrados no início do ano.
O último mês de 2023 fechou com 5,5 mil unidades vendidas, crescimento de 282,4% sobre dezembro de 2022 e expansão de 45,8% na comparação com novembro. O presidente da Abeifa, João Henrique Garbin de Oliveira, confirmou que o desempenho das vendas, em dezembro, mostrou que houve a antecipação de compras:
“Os dados das nossas associadas nos mostram a imediata reação dos consumidores brasileiros ao antecipar as compras de veículos híbridos e elétricos, cuja incidência de imposto de importação passou a valer a partir da terça-feira, 2 de janeiro. Na realidade o início deste movimento se deu na sequência ao anúncio da volta do imposto aos elétricos e do aumento aos híbridos, em 10 de novembro, com alíquotas escalonadas até julho de 2026, quando chegarão ao limite de 35%”.
Com relação à volta do imposto de importação algumas associadas não repassarão o aumento de custo para os modelos que já estão em estoque, e outras o repassarão parcialmente. O presidente da Abeifa disse que o retorno, ainda que faseado até julho de 2026, é muito punitivo para o segmento de importados, mas que a entidade segue focada em trabalhar na chegada de novas tecnologias para ajudar no processo de descarbonização.
A BYD, que chegou forte ao segmento de veículos leves eletrificados em 2023, principalmente com o modelo Dolphin, somou 17,9 mil vendas no ano passado, liderando o ranking por marca. Em segundo lugar ficou a Volvo com 8,2 mil unidades, seguida pela Porsche com 5,2 mil.