São Paulo – As dez empresas importadoras associadas à Abeifa venderam 44,9 mil unidades de janeiro a junho, alta de 235,3% na comparação com iguais meses do ano passado. Do total vendido no primeiro semestre 41,4 mil veículos são elétricos ou híbridos, representando 52,2% do total das vendas de automóveis eletrificados no Brasil.
Mesmo com bons motivos para celebrar a grande recuperação das vendas sobre 2023 a entrevista coletiva à imprensa realizada pela Abeifa na quinta-feira, 11, foi marcada pelo discurso que defende que o II, Imposto de Importação, reduzido para elétricos e híbridos, seja mantido como está hoje e que cresça conforme foi determinado no passado.
Isto porque a Anfavea, que representa as empresas fabricantes instalados no País, pede a subida imediata para o teto de 35% como forma de proteger a indústria nacional do avanço dos importados.
Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, foi claro na sua posição contra o pleito da Anfavea, uma vez que o pedido vai contra tudo que a entidade sempre defendeu: a previsibilidade para os negócios da indústria automotiva nacional. O executivo lembrou que uma mudança como esta gera insegurança jurídica, afasta novos investidores e prejudica o consumidor final, uma vez que o comprador de um modelo importado terá de pagar mais caro por causa dos aumentos.
“Também existe um ponto importante que a Anfavea precisa olhar que é a retração das exportações. Isto está acontecendo por causa dos impostos ou por que os consumidores de outros mercados estão preferindo outros veículos do que os produzidos no Brasil? Será que o que está sendo produzido no País é o que os compradores de outros países querem?”
De janeiro a junho a marca importadora que mais vendeu no Brasil foi a BYD, com 32,6 mil emplacamentos, liderando o ranking por marca. Em segundo lugar ficou a Volvo com 4,1 mil, seguida pela Porsche, 3 mil.
Junho
Em junho as vendas de modelos importados chegaram a 2,3 mil unidades, volume 247,1% maior do que o comercializado em junho do ano passado e 3,3% maior do que o vendido em maio.