São Paulo – As vendas de pneus, em 2023, no Brasil, recuaram 8,2% na comparação com o ano anterior, ao passar de 56,6 milhões para 52 milhões de unidades. Segundo os dados da Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a demanda das montadoras diminuiu 9,6%, para 12,6 milhões, e a do mercado de reposição caiu 7,8%, para 39,4 milhões de unidades.
O pior desempenho foi notado na linha de pneus de carga, com queda de 13,8%, de 7,5 milhões para 6,4 milhões de unidades. As vendas OEM despencaram 27%, para 1,5 milhão, enquanto que para o aftermarket o recuo foi de 8,8%, para 4,9 milhões.
Quanto aos pneus para veículos de passeio foram comercializadas 27,5 milhões de unidades, queda de 9,5% ante 2022. Os pedidos de montadoras diminuíram 3,7%, para 7,7 milhões, e para o mercado de reposição caíram 11,5%, para 19,7 milhões.
Para comerciais leves houve redução de 12,6%, somando 7,4 milhões de unidades vendidas. A demanda OEM baixou 10,4%, para 2 milhões 990 mil, e o do aftermarket diminuiu 14,1%, para 4,4 milhões.
O único segmento a apresentar crescimento ao longo do ano passado foi o de pneus de reposição para motocicletas, que avançou 5,9%, ao avançar de 9,2 milhões em 2022 para 9,7 milhões no ano passado.
Preocupado com o desempenho da indústria pneumática no Brasil o Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região entregou no início da semana um relatório acerca da crise setor ao ministro do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e vice-presidente da República Geraldo Alckmin.
O texto traz dados de produção e vendas de pneus de janeiro de 2021 a fevereiro de 2024 e solicita medidas protetivas a fim de frear a concorrência desleal.