São Paulo – As fortes chuvas que atingem o Estado do Rio Grande do Sul desde a semana passada, e que deixaram a região em estado de calamidade, afetaram a produção de empresas do setor automotivo. Nenhuma fábrica das empresas consultadas pela Agência AutoData chegou a ser seriamente afetada, com exceção da Marcopolo, na qual a água invadiu um dos setores de produção após rompimento da calha. Bloqueios em estradas impedem a chegada de componentes e trabalhadores foram mantidos em casa para cuidar de seus familiares.
Na General Motors em Gravataí uma paralisação para ajuste de produção já estava agendada de 2 a 6 de maio. A expectativa era a de retomada na terça-feira, 7, mas o retorno foi suspenso, ainda que as instalações não tenham sofrido dano: “Estamos avaliando dia a dia e várias ações estão sendo feitas”, afirmou a empresa em nota, sem fornecer pormenores.
As operações da John Deere em Montenegro, Porto Alegre e Canoas estão suspensas desde a quinta-feira, 2, por causa das chuvas e das enchentes. Em nota oficial a empresa informou que “a paralisação visa à segurança de seus colaboradores e que está atenta e acompanhando a situação, caso sejam necessárias novas providências, e as fábricas ainda não tem data para voltar a produzir”.
A Randoncorp também paralisou a produção nas fábricas no Estado na quinta-feira, 2, com projeção inicial de retomar na segunda-feira, 6. Com exceção da unidade da Frasle Mobility em São Leopoldo todas as outras retornaram ao trabalho. Em nota a companhia informou que “a retomada considerou o contexto atual das cidades envolvidas, respeitando e preservando os profissionais que estão passando por dificuldades em suas moradias ou com familiares”.
Na Marcopolo em Caxias do Sul, após paradas na quinta-feira, 2, e na sexta-feira, 3, a produção foi retomada apenas em parte na segunda-feira, 6. Os funcionários que moram mais próximos e conseguem se deslocar até a fábrica retornaram e os demais seguem em casa porque as estradas estão fechadas.
A empresa informou que a estrutura das unidades não foi afetada e que apenas prédio de uma das fábricas sofreu com alagamentos após o rompimento das calhas, o que permitiu a entrada de água pelo telhado. A Marcopolo informou que, na hora, não havia nenhum trabalhador no local e que os reparos necessários foram realizados logo na sequência.
A fábrica da AGCO em Canoas foi afetada pelos temporais e a produção está suspensa, sem data para retomar, enquanto as unidades de Santa Rosa e Iribubá, estão operando com equipes reduzidas. As duas unidades em operação, assim como as de Mogi das Cruzes e Jundiaí, no Estado de São Paulo, estão recebendo doações de mantimentos e itens de necessidade básica e sendo distribuídos pela empresa para a população do Rio Grande do Sul