São Paulo – Depois de recusar por três vezes a proposta e paralisar a produção da fábrica de São José dos Pinhais, PR, por cerca de trinta dias os trabalhadores da Renault aceitaram, enfim, proposta de acordo salarial da empresa em assembleia na terça-feira, 18. E nos mesmos moldes do que já havia sido oferecido pela empresa: PLR de R$ 25 mil para até 201 mil veículos produzidos, reajuste salarial pelo INPC e mais 0,5% de aumento real a partir de setembro e incremento de 24% no vale-mercado.
Ficou acordado também que a Renault contratará mais setenta trabalhadores para reforçar a linha de produção que, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, “está com ritmo intenso de trabalho”. Será elaborado também um cronograma para reavaliar a ergonomia na unidade.
A aprovação põe fim à disputa iniciada no começo de maio, quando os trabalhadores recusaram a proposta da Renault e decidiram cruzar os braços. Novas propostas foram feitas e recusadas e a greve seguiu, mesmo com decisão contrária da Justiça, que determinou multas e sanções ao sindicato.
O presidente do sindicato, Sérgio Butka, na semana passada divulgou vídeo aconselhando os trabalhadores a aceitar a proposta da Renault, inclusive informando que seria difícil conseguir com a empresa o pagamento dos dias parados. De toda forma ele considerou positivo o desfecho, em nota:
“Depois de um período intenso de luta os metalúrgicos da Renault e da Horse aprovaram o acordo deste ano. Não é preciso lembrar que trabalhador valorizado é trabalhador motivado. Os metalúrgicos da Grande Curitiba continuarão sua estratégia de acordos individuais por empresa visando a garantir mais renda e melhores condições de trabalho”.