Itu, SP – Enquanto projeta vender no mercado brasileiro em torno de 6 mil unidades em 2024, cerca de 20% acima do volume do ano passado, José Luiz Gandini, presidente da Kia, planeja saltos mais ousados para 2025. Além de ampliar a gama de 100% elétricos, inaugurada pelo EV5, negocia a introdução da tecnologia híbrida flex em modelos vendidos no País.
Deverá começar com o K3, sedã sucessor do Rio produzido no México: “Precisamos alcançar mais de 60% de conteúdo local para que ele possa ser exportado para o Brasil dentro do acordo de livre comércio, sem imposto de importação. O motor híbrido flex 1.0 ajudaria nesta matemática”.
Hoje o K3 é oferecido em versões aspiradas 1.4 e 1.6. Segundo Gandini a Kia está desenvolvendo a tecnologia, com um motor 1.0 turbo, já aplicado no Stonic. É o mesmo motor dos Hyundai HB20 produzidos em Piracicaba, SP, mas na versão apenas a gasolina. A parte do flex, portanto, está disponível dentro do grupo, faltando apenas a hibridização, que seria leve, de acordo com o presidente.
Ele estima para o fim de 2025 a viabilidade do K3, mas outros modelos deverão chegar via México, como o K4 – o sucessor do Cerato que também, segundo Gandini, precisa ter mais conteúdo local para poder ser importado sem o imposto.
“Mas continuaremos também a oferecer modelos a combustão. O Sorento diesel chegará em 2025 e estamos com bastante demanda pelo Bongo, produzido no Uruguai.”
De janeiro a julho as vendas da Kia cresceram 13%, segundo a Abeifa, somando 3,1 mil unidades.