Meta global da companhia, hoje em torno de 30%, é alcançar 35% até 2026
São Paulo — Em torno de 21% dos funcionários da fábrica da BorgWarner em Itatiba, SP, responsável pela produção de turbocompressores, são do sexo feminino. A meta global, que hoje chega a 30%, é alcançar representatividade de 35% até 2026, de acordo com Melissa Mattedi, diretora geral para emissões, turbos e sistemas térmicos.
“No ano passado já aumentamos em 4% a presença de mulheres na empresa. E seguimos com este compromisso pois, afinal, as oportunidades têm de ser dadas da mesma forma.”
No grupo de líderes o porcentual feminino é mais expressivo e chega a 33%.
Uma das iniciativas para promover a maior inserção feminina no chão de fábrica, em que a presença delas é menor, chama-se Girls and Machine, nascida a partir da identificação de uma área da produção essencialmente masculina: a usinagem. O projeto envolveu a capacitação de mulheres que já trabalhavam na companhia, em parceria com o Senai, para que pudessem começar a operar neste segmento.
Mattedi relatou que as mulheres que se inscreveram eram profissionais de áreas mais simples, com a função de montadora, por exemplo. Com isso, ao tornarem-se técnicas especializadas, o salário também melhorou. Foi concluída uma primeira turma em 2023, com treze delas, que passaram a desempenhar a nova função este ano.
O plano é repor profissionais da usinagem que saiam da empresa ou mudem de área com mulheres: “Este programa não morreu e continuará. Por isto, para mulheres que têm interesse nesta formação e desejam seguir carreira na linha de usinagem, nós conseguimos oferecer a formação”.
Com a iniciativa a participação feminina na área passou de 4% para 11%.
O próximo projeto para fomentar o ingresso de mulheres ao chão de fábrica chama-se Girls and Warehouse, também em parceria com o Senai: a proposta é recrutar profissionais da empresa que queiram migrar para o almoxarifado:
“Trata-se de uma área caracterizada por trabalho pesado e nenhuma mulher. Mas eu imagino que o número de candidatas será expressivo. Abriremos as inscrições ainda este ano e, como o curso para conduzir empilhadeira dura de três a quatro meses, elas deverão ocupar seus novos postos em 2025. Se conseguirmos chegar a 10%, 11% do efetivo do setor, será excelente”.