São Paulo – De volta à Fenatran, feira da qual ficou ausente nas últimas edições, a Bridgestone preparou seis novidades, das quais três pneus e três bandas de recapagem. O discurso para combater os asiáticos, que competem no mercado de pneus comerciais pesados com preços bem baixos, é a durabilidade da carcaça: assim, na ponta do lápis, o custo em toda a vida útil do pneu é maior.
Um dos lançamentos, o M765, permite três recapagens graças ao fortalecimento da carcaça, segundo o diretor comercial Marcos Aoki. “Nossos pneus garantem no mínimo duas recapagens e agora estamos expandindo. Muitos dos asiáticos que chegam ao País sequer conseguem fazer uma reforma”.
O preço para colocar novas bandas na carcaça chega a ser um terço de um pneu novo, com a mesma durabilidade, garante o diretor.
Hoje as vendas de bandas da Bandag são duas vezes superiores às de pneus novos, disse o executivo sem mencionar volumes. A companhia investe R$ 68 milhões na expansão da produção, que crescerá 65%, e conta com 150 recapadores credenciados.
Os investimentos da companhia no Brasil superam o R$ 1 bilhão, para expansão da capacidade de produção de pneus para carros de passeio e veículos de carga. Após reorganização da diretoria local, com o retorno de Vicente Marino, que presidia a América Latina, Damian Seltzer foi nomeado presidente da Bridgestone do Brasil. E garantiu que os planos seguem mesmo com a competição com os chineses:
“É um cenário temporário. Somos a favor da economia aberta, mas queremos condições favoráveis de competição. Não é certo os pneus entrarem com custos subsidiados, muitas vezes a preço abaixo do custo da matéria-prima. Mas seguimos acreditando e investindo no Brasil”.