Foram emplacados 122 mil caminhões e 27,6 mil ônibus segundo dados divulgados pela Fenabrave
São Paulo – Os emplacamentos de caminhões somaram 122 mil unidades no ano passado, o que representou avanço de 17,4% com relação a 2023. As vendas de ônibus, conforme divulgou a Fenabrave na quarta-feira, 8, somaram 27,6 mil unidades, crescimento de 12,4% na mesma base de comparação. A base das informações sobre emplacamentos é o Renavam.
No caso dos caminhões, superados desafios como a quebra de safra e problemas decorrentes de mudanças climáticas, a partir da segunda metade do ano o efeito do Euro 6 foi absorvido e o segmento apresentou o melhor resultado desde 2021, ressaltou o diretor executivo Marcelo Franciulli. Mais de 50% das vendas foi de pesados e extrapesados.
A expectativa é de continuidade de crescimento este ano, uma vez que há pedidos da Fenatran, realizada em novembro, em São Paulo, que refletirão nas vendas nos próximos meses. Além disso há projeção de safra recorde em 2025, o que impulsionará a demanda por caminhões dedicados ao agronegócio.
Quanto aos ônibus os emplacamentos foram animados por 2024 ter sido ano eleitoral, o que estimulou a renovação das frotas urbanas, e também por causa do programa do governo federal Caminho da Escola, que aprovou em licitação 16 mil unidades, segundo Franciulli: “Em 2025 o setor continuará crescendo por este motivo, uma vez que ainda há 8 mil ônibus a serem entregues”.
Com relação ao programa de renovação de frota, essencial para promover o crescimento da venda de caminhões e ônibus no País, o diretor da Fenabrave afirmou que dois pontos ainda travam sua consolidação, sendo que a questão da reciclagem do veículo antigo é o menor dos problemas, em sua avaliação.
“A iniciativa precisa obter recursos a partir de fundos, por exemplo, o Fundo Clima, para financiar a substituição dos veículos. Outro ponto é que não existe no Brasil um programa de inspeção técnica veicular. E estamos falando de veículos com idade média de 23 anos. Ou seja: são veículos que poluem mais e causam mais acidentes, ao mesmo tempo em que têm a incumbência de fazer o transporte de mercadorias em um País com dimensões continentais.”