São Paulo — Enquanto a eletrificação cresce a passos mais lentos do que era imaginado o principal negócio da BorgWarner no País continua a ser os turbocompressores, fabricados aqui desde 1975. Neste período 8 milhões de unidades foram produzidas, que se somam a 6 milhões de embreagens viscosas e ventiladores, e mais 6 milhões de correntes de sincronismo.
Os números foram compartilhados por Melissa Mattedi, diretora geral da fábrica de Itatiba, SP. Ela ressaltou a importância de, ao longo dos 50 anos no Brasil, a empresa ter produzido turbos para veículos pesados Euro 5, a partir de 2012, e dois anos depois iniciar a primeira produção nacional de grandes volumes de turbocompressores para carros com o fornecimento do primeiro turboflex para equipar o motor 1.0 do Volkswagen Up!, depois estendido para quase todos os modelos da marca.
“Tudo começou de forma modesta, com números pequenos. Foi a partir de 2019, com a nomeação da Stellantis, que veio nossa primeira grande expansão [de turbos para veículos leves], pois crescemos quatro vezes. E, com o Euro 6, inovamos mais uma vez com a tecnologia de turbos ball bearing.”
Hoje em dia em torno de 50% dos turbocompressores usados em motores flex saem de Itatiba.
Presente ao evento de celebração de cinco décadas no Brasil, Michelle Collins, diretora global de marketing e relações públicas da BorgWarner, citou que a trajetória trilhada neste período reforça que a empresa está no caminho certo: “Globalmente nosso portfólio é guiado por tecnologias que apoiam a descarbonização de veículos e, em 2023, aproximadamente 87% de nossa receita global veio de produtos que ajudam a reduzir as emissões ou viabilizam veículos com emissão zero”.
Collins avaliou que o avanço da eletrificação, embora mais acelerado apenas na China, é questão de tempo no Brasil, e que conforme a oferta de infraestrutura de recarga melhorar deverá haver maior demanda de ônibus elétricos e também de caminhões.