Marcopolo Rail conclui embarque de trens para o Chile 

São Paulo – A Marcopolo Rail exportou mais dois carros para a EFE Trenes de Chile, Empresa de los Ferrocarriles del Estado, responsável pela gestão da rede ferroviária do país. Desta forma foi concluído o envio de três composições programadas para este ano. 

Os trens operarão a linha Talca-Constitución, circuito interurbano de transporte de passageiros de média distância que interligará quatro municípios, com 88 quilômetros de extensão e onze estações, e transportará cerca de 50 mil passageiros por ano. 

As unidades do modelo Prosper têm capacidade para transportar 223 passageiros, sendo oitenta sentados e 143 em pé. Os modelos têm climatização, espaço destinado para pessoas com mobilidade reduzida e um sanitário adaptado. 

O contrato com a empresa pública chilena inclui o fornecimento de material rodante, peças de reposição e manutenção. O negócio é o mais importante da divisão no mercado internacional.

Honda atualiza o Civic híbrido e mantém o preço

São Paulo – A Honda começa a vender, em julho, o novo Civic Advanced Hybrid com atualização da dianteira do veículo, nas grades frontais e no para-choque, e lanternas traseiras escurecidas. As rodas de 17 polegadas com pneus 215/50 R17 91V conferem ar agressivo ao modelo.

Outra novidade é a integração com os serviços Google embarcados para automóveis, como Google Maps, Play Store e assistente por voz. A central multimídia de 9 polegadas é compatível com Apple CarPlay e Android Auto. E o painel digital de 10,2 polegadas exibe informações em tempo real sobre condução e fluxo de energia do sistema híbrido.

A mecânica não mudou: mescla dois motores elétricos e um 2.0 com combustão interna, ciclo Atkinson e injeção direta de gasolina. O sedã híbrido oferece oito airbags e o Honda Sensing, conjunto de sistemas de assistência ao condutor.

A plataforma myHonda Connect permite controle remoto do veículo via smartphone, com funções como rastreamento, notificações, assistência 24h e agendamento de serviços, colocando o motorista no centro da experiência.

Disponível nas cores preto cristal, perolizado, e cinza basalto, metálico, com interior na cor preta, o Honda Civic Advanced Hybrid começa a ser vendido em julho por R$ 265,9 mil – ou seja: seu preço não foi alterado.

De acordo com a montadora a garantia é de três anos sem limite de quilometragem, e o conjunto elétrico, baterias e motores, tem cobertura de oito anos ou 160 mil quilômetros.

Omoda Jaecoo investe R$ 13 milhões em centro de distribuição

Cajamar, SP – A importadora chinesa Omoda Jaecoo está desenvolvendo seus negócios no Brasil levando em conta algumas prioridades. Além da chegada de três novos produtos, em breve, outra delas é o atendimento ao consumidor. Por isto investiu R$ 10 milhões em um centro de distribuição que já acumula R$ 30 milhões de peças armazenadas, com a intenção de dobrar seu estoque até o fim do ano.

“Depois de quase quinhentas unidades negociadas tivemos, agora, o primeiro veículo que fará sua revisão de 10 mil quilômetros”, contou André Maranhão, responsável pelo pós-venda. “Mas já temos aqui estocados todos os itens necessários para as revisões desses veículos ou qualquer eventualidade que possa ocorrer, inclusive se houver necessidade de trocar as baterias.”

A expectativa é que esse volume de veículos que já está nas ruas tenha que fazer a primeira revisão a partir de agora até os próximos seis meses. Por isto o inventário de peças desta demanda já está no Brasil, garantiu Maranhão.

Quando aberta, em abril, a operação nos galpões da DSV em Cajamar, SP, ocupava 600 m2, mas a partir de agora já são 1,5 mil m2 de espaço para armazenar todos esses componentes. E com a chegada dos modelos Omoda 5 HEV, híbrido, e Jaecoo 7 PHEV, híbrido plug-in, a partir de outubro, haverá uma nova ampliação do espaço da importadora nos galpões da DSV, com investimento de mais R$ 3 milhões.

“Passaremos a ocupar um espaço de 3 mil m2 e o nosso objetivo é atender em menos de um dia qualquer necessidade na Região Sudeste, especialmente em São Paulo, nosso maior mercado. Nos outros dezessete estados em que operamos o prazo máximo será de sete dias”, disse Vítor Santos, responsável pela logística da Omoda Jaecoo.

O responsável geral pelas operações da Omoda Jaecoo no Brasil, Peng Hu, contou, durante o rápido encontro em Cajamar, que o plano é fortalecer a percepção da marca oferecendo inicialmente atendimento imediato às necessidades dos cliente: “Aprendemos com outras marcas que chegaram ao Brasil. Por isto vamos primeiramente oferecer imediatamente todas as peças e qualquer outra necessidade que os nossos clientes tenham com nossos veículos”.

Hu também confirmou que está na programação o lançamento de mais um modelo, que pode chegar até o fim do ano ou no início de 2026: “Os resultados estão de acordo com nosso plano e esperamos melhorar com os dois novos veículos até o fim do ano e trazer um terceiro modelo, para aumentar nosso portfólio”.

Imposto de importação de eletrificados sobe no começo de julho

São Paulo – A última etapa do cronograma de elevação do imposto de importação para veículos eletrificados, estabelecido no fim de 2023, será iniciada na terça-feira, 1º de julho. A alíquota para elétricos passa de 18% para 25%, para híbridos plug-in de 20% para 28% e a dos híbridos de 25% para 30%. O porcentual integral, de 35%, será restabelecido em julho de 2026, apesar do pleito da Anfavea para recomposição imedata.

Dados da ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, apontam que de janeiro a maio ingressaram no país 71,1 eletrificados importados, sendo mais da metade, 39,5 mil, da BYD, 12,2 mil da GWM, e 3,6 mil da Volvo. No mesmo período do ano passado o volume foi de 57,1 mil unidades, acréscimo de 14 mil unidades ou 24,5%.

E, mesmo com a elevação da tarifa de importação, o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, projetou, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2025, realizado em 25 de junho, em São Paulo, aumento de mais de 20% nas vendas deste ano sobre 2024.

O crescimento menos vigoroso aguardado, conforme Bastos, deve-se ao fato de que os consumidores estão mais familiarizados com as tecnologias eletrificadas e que a escolha deixa de ser movida pela curiosidade apenas, e tornou-se mais consciente.

Com relação ao impacto nos preços as montadoras com maiores volumes de vendas têm se precavido com o ingresso de grandes quantidades de veículos antes da elevação da alíquota, que poderá demorar a refletir no bolso do consumidor. É o caso da BYD, que em 28 de maio desembarcou no Porto de Itajaí, SC, o navio Shenzhen com mais de 7 mil de seus carros a bordo, na maior movimentação de veículos da história

Algumas das unidades importadas no segundo semestre ainda serão isentas de imposto, por meio das cotas estabelecidas no fim de 2023. Para híbridos as cotas remanescentes serão de US$ 43 milhões até julho de 2026, híbridos plug-in, US$ 75 milhões, e elétricos, US$ 141 milhões. E aos caminhões a bateria US$ 6 milhões.

Inadimplência volta a crescer em maio e supera os 5%

São Paulo – O índice de atrasos nos pagamentos de financiamentos de veículos 0 KM superiores a noventa dias por pessoas físicas voltou a crescer em maio, alcançando o maior patamar desde dezembro de 2023. Segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil a inadimplência do setor alcançou 5,2%, aumento de 0,3 ponto porcentual com relação a abril.

Na comparação com maio de 2024 a inadimplência avançou 0,4 pp. Desde o início do ano o crescimento é de 1 ponto porcentual.

Em contrapartida a taxa média de juros recuou, segundo o BC. Em maio alcançou 27,6% nos financiamentos de veículos 0 KM por pessoas físicas, menor resultado desde dezembro.

Ficou, entretanto, 2,1 pontos porcentuais superior à taxa média praticada em maio do ano passado, o que torna mais cara a aquisição de veículos financiados e, por consequência, provoca uma menor demanda por crédito.

Anef vê crédito mais difícil

O presidente da Anef, Enílson Sales, disse que a projeção de liberação de crédito para 2025 será negativa na comparação com o ano passado, já revendo a expectativa inicial, divulgada em janeiro, de expansão de 8,5%.

Fatores como maior restrição no crédito e o que chamou de “volatilidade tributária”, ao citar as incertezas com relação à IOF, com a possibilidade de judicialização da decisão do Congresso por parte do governo, têm sido entraves para a recuperação do setor.

“O vai e vem nas discussões sobre o imposto tem preocupado o setor automotivo. A instabilidade fiscal gerada por incertezas em torno do IOF afasta o mercado e dificulta o planejamento. Negócios que dependem de financiamento precisam de previsibilidade. O atual cenário de indefinição é muito prejudicial à tomada de decisão de consumidores e empresas.”

Segundo ele o potencial de crescimento está no segmento de usados e seminovos: “Apesar do cenário adverso o setor automotivo segue atento a oportunidades de movimentação, com foco em eficiência, digitalização e aproximação com o consumidor final, principalmente por meio do mercado de seminovos e usados, que se mantêm resilientes”.

Desvalorização dos elétricos ainda é alta

São Paulo – Com o crescimento da venda de veículos elétricos no Brasil, que bateu recorde em maio, o mercado de seminovos vai ganhando forma. Crescem as opções para quem deseja ter um modelo 100% elétrico mas não quer desembolsar o valor de um 0 KM. A desvalorização, entretanto, ainda é alta, segundo a plataforma OLX, que reúne os dados de anúncios e negociações de seminovos.

No caso do Caoa Chery iCar, o carro elétrico mais vendido de janeiro a março pela plataforma, em 2023 o seu preço médio na OLX era de R$ 120 mil e caiu para R$ 97,3 mil em 2024, com desvalorização de 18,9%. O Nissan Leaf foi negociado em média, por R$ 197,7 mil em 2023, baixando para R$ 144,1 mil no ano seguinte, com queda de 27,1% no preço médio. Já o Volvo XC40 caiu de R$ 307,2 mil em 2023 para R$ 278,8 mil em 2024, desvalorização de 9,2%.

Já nos modelos a combustão, os três mais vendidos de janeiro a março foram Volkswagen Gol, Fiat Palio e Chevrolet Onix. Dos três modelos, apenas o Fiat Palio apresentou leve desvalorização de 0,7% no preço médio praticado de 2023 para 2024, enquanto Volkswagen Gol e Chevrolet Onix apresentaram valorização de 7,4% e 12,1% respectivamente.

Ranking

O ranking dos elétricos mais vendidos da OLX tem na liderança o Caoa Chery iCar, representando 19% das vendas, seguido pelo Nissan Leaf, com 18% e pelo Volvo XC40 com 13%. Nas outras sete posições estão Renault Kwid E-Tech, Jac E-JS1, Fiat 500E, Mustang Mach-E, Renault Megane E-Tech, BMW i3 e BYD Tan EV.

Flávio Passos, vice–presidente da área de automóveis do Grupo OLX, disse que as razões para os elétricos desvalorizem mais está em itens como a bateria e a rede de recarga no País. Ele ressaltou, porém, que a vida útil da bateria é longa: “É possível encontrar modelos elétricos seminovos em ótimo estado e a sua bateria terá 100% da capacidade por oito anos, caindo para 70% depois disso. Então, o veículo elétrico deverá ter uma vida útil longa”.

Segundo o executivo a alta desvalorização dos veículos elétricos é uma realidade, mas a comparação com modelos similares a combustão não deve ser feita pois são tecnologias diferentes e uma delas ainda é muito nova no País:

“Estudos de especialistas mostram que essa desvalorização é maior mas ainda não é possível realizar comparações porque o segmento elétrico é novo no Brasil e os consumidores e revendedores estão aprendendo a conviver com essa tecnologia. No futuro, quando o veículo elétrico for mais popular, a expectativa é de que as desvalorizações sejam menores”

Mercado global eletrificados plug-in deverá crescer 25%

São Paulo – As vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in deverão chegar a 22 milhões de unidades no mundo todo em 2025, volume que representa uma alta de 25% sobre 2024, de acordo com o relatório EVO, Electric Vehicle Outlook, produzido pela BloombergNEF.

Esse avanço é reflexo da queda no preço das baterias de íons de lítio e do aumento da produção de veículos eletrificados com preço mais acessível.

Segundo o relatório um a cada quatro veículos vendidos no mundo será elétrico ou híbrido plug-in, tendo a China como o principal mercado consumidor, representando 66% das vendas. Em segundo lugar ficará a Europa com 17% do total comercializado no ano, seguida pelos Estados Unidos com 7%.

Todo este avanço comprova a mudança na mobilidade global, uma vez que há alguns anos os eletrificados não passavam de 5% do total de veículos vendidos no mundo todo, segundo o relatório. 

Ainda que a projeção seja de aumento nas vendas o segmento de veículos eletrificados possui alguns entraves, como o maior custo da energia elétrica em alguns mercados e a falta da infraestrutura necessária para o carregamento dos veículos, dois pontos que precisam avançar.

Continental anuncia Ricardo Rodrigues como novo chefe da divisão automotiva no Brasil

São Paulo – O Grupo Continental informou que sua divisão automotiva, que desde abril passou a atender como Aumovio, agora tem um novo chefe para o Brasil: Ricardo Rodrigues, que acumulará a nova função com a posição de diretor do segmento de veículos comerciais e aftermarket e se manterá à frente da área de negócios ANS, Architecture and Network Solutions. 

Rodrigues ingressou na companhia dezoito anos atrás, período pelo qual passou pelo setor de desenvolvimento de negócios e vendas e pelo de gestão de operações. 

Formado em engenharia elétrica pela Unesp o executivo fez mestrado na Alemanha e, durante a passagem de dois anos no país, atendeu a distintos clientes e mercados da Continental.

Argentina se prepara para a invasão de marcas chinesas

São Paulo – A Argentina vive momento de crescimento de sua economia e consequente expansão de marcas presentes em seu mercado. O PIB deverá encerrar o ano em alta de 5% ou 6% e, para 2026, a projeção é de que avance outros 4%. A inflação, que em 2023 foi de 330% e no ano passado baixou para 117,8%, para 2025 tem a perspectiva de que se estabeleça em 24,5% e, no ano que vem, em 10,7%, para então chegar, finalmente, ao tão almejado um dígito, ainda que algo em torno de 8% a 9%.

Foi o que apontou o economista Dante Sica, ex-ministro da Indústria da Argentina e diretor da consultoria Abeceb, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2025, realizado em São Paulo.  

Ele citou que estes são resultados do programa de déficit zero e estabilidade no câmbio do governo de Javier Milei, que busca diminuir o risco país para que o acesso ao financiamento seja mais facilitado. Porém a iniciativa também propôs a redução de impostos para a importação, principalmente as tarifas para 50 mil veículos eletrificados de até US$ 17 mil.

“A desburocratização e consequente dinamização do mercado refletem nos preços, uma vez que ele também se abre para outros veículos e começam a aparecer muitas marcas que não estavam antes por aqui.”

Sica complementou que, por um lado, tem havido forte recuperação por parte da demanda no setor automotivo mas, por outro, tem sido visto processo de transformação também na oferta: “A abertura da concorrência está dando espaço a novos jogadores. A Argentina tinha uma oferta muito limitada e antiga, era um mercado desabastecido”.

Tanto é que no início do ano estimava-se que o mercado pudesse chegar a 550 mil unidades, ao passo que no ano passado foram comercializados 414 mil veículos. Hoje, o economista afirmou, as estimativas apontam para vendas de 670 mil a 700 mil veículos, reflexo do maior acesso ao crédito para o consumo de bens duráveis e melhora nos ingressos de dólares – em 2023, vale lembrar, havia restrição da entrada da moeda. 

A cada cem carros adquiridos na Argentina setenta são importados e trinta produzidos localmente. Embora o Brasil continue sendo a principal fonte o país começa a perder participação, o que vem sendo provocado, especialmente, por marcas chinesas. 

Sica chamou atenção ao fato de que a participação de veículos made in China cresceu 233,8% no acumulado de janeiro a maio, com 11,2 mil unidades e 6% do mercado, ao passo de que os brasileiros ampliaram presença em 150%, para 145,4 mil veículos, ainda detentores de fatia de 82%.

“Obviamente os chineses hoje têm níveis quase inexistentes, mas logo começarão a representar parcelas expressivas de participação no mercado. Ainda mais com um mercado que eliminou muitas restrições, muitas necessidades de registros, mudou o marco regulatório que facilita e baixa muito os custos tanto na introdução de veículos por parte das montadoras quanto de importadores.” 

Ele ressaltou que, ainda que a oferta de veículos brasileiros seja muito mais diversificada, a velocidade de crescimento da China, especialmente com veículos híbridos e elétricos, em que o mercado da Argentina hoje é quase totalmente desabastecido, deverá ser maior.

“Acho que este é o grande desafio que tem o novo mapa do setor automotivo: estou convencido de que nos próximos anos tanto no Mercosul como na Argentina algumas montadoras que já estão instaladas desaparecerão, principalmente por problemas de competitividade e escala. Talvez apareçam algumas marcas, especialmente as asiáticas, muito mais para vendas do que para produção.” 

Vendas de veículos crescem pelo segundo mês seguido na Europa

São Paulo – O mercado de veículos leves manteve a retomada do crescimento em maio na Europa após registrar a primeira alta do ano em abril. No mês passado foram vendidos 926,6 mil veículos, expansão de 1,6% na comparação com igual período de 2024 e leve incremento de 0,1% sobre abril, de acordo com os dados divulgados pela Acea, entidade que representa o setor automotivo local.

Com o segundo mês seguido de crescimento na região a queda no acumulado do ano foi reduzida para 0,6% na comparação com iguais meses do ano passado, somando 4,5 milhões de unidades comercializadas.

Os veículos eletrificados seguem ganhando cada vez mais participação nas vendas, representando 58,7% do total de janeiro a maio – até abril o porcentual foi de 58,5%. Os veículos híbridos representaram 35,1% desta demanda, seguidos pelos elétricos com 15,4% e pelos híbridos plug-in com 8,2%.

Já os veículos a combustão seguem perdendo espaço, com participação de 38,1% até maio, contra 38,2% até abril.