Mercado de veículos blindados cresce 11% no primeiro semestre

São Paulo – No primeiro semestre foram blindados 22,4 mil veículos no Brasil, um aumento de 11,5% na comparação com iguais meses do ano passado, de acordo com dados divulgados pela Abrablin, Associação Brasileira de Blindagem. Com este resultado a frota nacional de veículos blindados está bem próxima das 425 mil unidades.

Segundo o presidente da Abrablin, Marcelo Silva, o crescimento é reflexo de alguns fatores como o avanço da cultura de blindagem no Brasil, o avanço tecnológico da indústria nacional, que hoje é referência global, e novos materiais usados que tornaram o serviço mais acessível.

O Estado de São Paulo representou a maior demanda de janeiro a junho, com 18,9 mil veículos blindados. Em segundo lugar ficou o Rio de Janeiro com 1,8 mil unidades, seguido pelo Ceará com 641.

Instituto Renault completa 15 anos e celebra resultados

São Paulo – O Instituto Renault, braço social da empresa no Brasil, completou quinze anos de operação, com diversos trabalhos sociais realizados. O Instituto é parceiro dos projetos AMARB, Associação dos Moradores da Roseira e Borda do Campo, Borda Viva, Geração Futuro Jovens Talentos, Geração Futuro Profissionalizante, Lar Mãe Maria e ADFP, Associação dos Deficientes Físicos do Paraná.

Nestes quinze anos de trabalho o Instituto Renault já beneficiou mais de 940 mil pessoas com seus projetos de transformação social, dedicados à inclusão por meio da educação e da geração de renda.

Com mais mulheres, Simea tratará de tendências de tecnologia e mobilidade

São Paulo – O Simea, Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, organizado pela AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, deste ano terá como tema principal a tecnologia e a mobilidade ao abordar tendências que sedimentarão o futuro inteligente e sustentável. E a diversidade faz parte disto: para compor as palestras e mesas redondas a maioria das especialistas é formada por mulheres. 

Ao todo, dos 25 participantes das sessões de abertura e de encerramento do evento a ser realizado em 13 e 14 de agosto no Novotel Center Norte, em São Paulo, nos dois painéis e nas duas mesas redondas, onze são homens e catorze mulheres. Ou seja: 56% do total.

É a primeira vez que isto ocorre desde que o evento passou a ser realizado, em 1983, em Brasília, DF. Foi, inclusive, a partir desta edição inicial que alguns engenheiros decidiram, com a ajuda do governo federal, que apoiava integralmente o Simea, fundar a AEA, Associação Brasileira de Engenharia Automotiva. O simpósio, inicialmente, era realizado a cada dois anos e, mais recentemente, passou a ser anualmente. A edição deste ano é a trigésima-segunda.

A maior presença feminina é reflexo da comissão organizadora, dirigida por Luciana Giles, diretora de comunicação e relações governamentais da Cummins na América Latina, e também diretora de comunicação da AEA, e pela vice-coordenadora Marinna Silva, gerente do Campo de Provas da Ford em Tatuí, SP, e diretora de marketing da AEA.

Luciana Giles busca, nesta edição do Simea, demonstrar a força feminina no setor e reforçar a diversidade. Foto: Divulgação.

Giles contou que a organização do simpósio começou há cerca de nove meses e que foi “um trabalho muito intencional ter na agenda mulheres que se destacam nos setores em que estão à frente”.

O objetivo, segundo ela, é exaltar a força da diversidade: “Queremos mostrar perspectivas diferentes, e de como todos e todas têm papeis importantes nesta indústria. Nossa expectativa é que possamos inspirar outras pessoas a olharem o nosso setor de uma maneira mais diversa”. 

O plano, contou Marinna Silva, que é engenheira, é também atrair mais engenheiras para o evento, que aguarda de 1,1 mil a 1,2 mil participantes: “A diversidade já existe nas empresas, então queremos trazê-la também para o Simea”.

Esta edição do Simea terá como presidente de honra o ex-presidente da Renault no Brasil, Ricardo Gondo, que, de acordo com Giles, contribui para ressaltar os predicados da profissão do engenheiro: “Ele resgata o lado que inspira as pessoas neste meio. Seja a mobilidade, a velocidade ou a paixão relacionada à engenharia automotiva”.

Após a sessão solene que contará com representantes de entidades do setor, como Anfavea, Sindipeças e Abeifa, e de autoridades públicas, o painel inicial falará sobre a mobilidade sustentável e sobre como o Brasil está promovendo a transição energética sob a ótica do governo, da indústria e da academia. 

A mesa redonda contará com lideranças femininas para que debatam como enxergam o futuro da mobilidade do País, dentre elas Margarete Gandini, diretora do departamento de desenvolvimento da indústria de alta-média complexidade tecnológica do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. 

Marinna Silva quer também estimular a maior presença de engenheiras durante os dois dias do evento, ao reforçar que a diversidade já acontece nas empresas. Foto: Divulgação.

No segundo dia o painel inicial abordará como a tecnologia muda o futuro da sociedade, e será discutido o conceito de cidades inteligentes. A mesa redonda abrangerá tendências das pistas para as ruas, sobre como o automobilismo, celeiro de inovação, deverá seguir influenciando o setor.

“Uma das grandes forças do Simea é ser um fórum neutro de discussão sobre questões estratégicas relativas às diversas áreas da engenharia automotiva, como eficiência energética, segurança veicular e emissões, entre outros, e fomentar o conhecimento e as tendências que envolvem a inovação tecnológica”, assinalou a coordenadora do evento. 

Inscrições são feitas no link https://simea.org.br/2025/en/inscreva-se/.

Stellantis divulga prejuízo de € 2,3 bilhões no primeiro semestre

São Paulo – A Stellantis divulgou, em seu balanço preliminar e não auditado do primeiro semestre, prejuízo de € 2,3 bilhões, ocasionado por custos de reestruturação e por reflexos iniciais da sobretaxação do governo dos Estados Unidos. A companhia afirmou que o tarifaço custou € 300 milhões devido a importações menores e cortes na produção. 

A estimativa de entregas consolidadas globais no segundo trimestre era de 1,4 milhão de unidades, volume de veículos que seriam entregues a concessionárias, distribuidores ou diretamente pela companhia aos clientes de varejo e frotistas. O número representa queda de 6% frente ao mesmo período do ano passado. 

O comunicado da companhia assinalou que “este resultado reflete as paralisações na produção na América do Norte no início do trimestre em razão das tarifas, além de impactos ainda negativos – embora reduzidos – da transição de produtos na Europa Ampliada, onde diversos modelos importantes estão em fase de aceleração após lançamentos recentes, ou aguardando o início da produção programado para o segundo semestre de 2025”.

Na América do Norte houve recuo de 25% nas entregas, o equivalente a 109 mil unidades com relação ao terceiro trimestre do ano passado, o que foi justificado como reflexo da redução da fabricação e das entregas de veículos importados.

“As vendas totais caíram 10% com relação ao ano anterior, com as vendas no varejo dos Estados Unidos permanecendo relativamente estáveis. As duas maiores marcas da região, Jeep e Ram, no entanto, apresentaram, juntas, alta de 13%.” 

Na América do Sul, onde a Stellantis mantém sua liderança, houve acréscimo de 20%, com 43 mil unidades a mais, beneficiada por volumes mais elevados no setor, especialmente Argentina e Brasil.

Resultado confronta expressivo lucro de um ano atrás

Os resultados preliminares do primeiro semestre da empresa, comparados ao lucro líquido de € 5,6 bilhões do ano anterior, ressaltam o desafio para o novo CEO Antonio Filosa, nomeado em maio depois que os resultados ruins em 2024 levaram à demissão de Carlos Tavares.

De acordo com reportagem da Reuters publicada pela Automotive News,  em uma carta aos funcionários Filosa disse que os primeiros seis meses de 2025 foram “difíceis… com crescentes obstáculos externos, incluindo tarifas, efeitos cambiais e condições macroeconômicas desafiadoras. Apesar das dificuldades também foram seis meses de progresso significativo em comparação ao segundo semestre de 2024”, acrescentou, destacando os lançamentos de novos produtos e as decisões de cortar programas de baixo desempenho.

Com Tavares à frente do negócio especialistas do setor disseram que a Stellantis havia se excedido no mercado estadunidense e que não conseguiu atualizar modelos populares, deixando a empresa com um grande número de carros não vendidos.

No ano passado a Stellantis importou mais de 40% dos 1,2 milhão de veículos vendidos nos Estados Unidos, principalmente do México e do Canadá. Em abril anunciou que reduzira as importações de veículos em resposta às tarifas e que ajustaria “a produção e o emprego para reduzir os impactos na lucratividade”.

Resultado reflete cancelamento de projetos

A companhia obteve receita líquida global de US$ 74,3 bilhões de janeiro a junho, abaixo dos € 85 bilhões do primeiro semestre de 2024, mas acima do segundo semestre, € 71,8 bilhões.

A Stellantis informou que registrou € 3,3 bilhões em encargos antes dos impostos relacionados principalmente a custos de cancelamento de programas, incluindo um projeto de célula de combustível de hidrogênio, ao mesmo tempo em que investiu mais em carros híbridos populares na Europa e em grandes modelos movidos a gasolina nos Estados Unidos.

No início de julho a Stellantis anunciou um Fiat 500 híbrido de € 17 mil, que sucederá o modelo a combustão e no qual a montadora está apostando para retomar a produção debilitada na Itália.

Na ausência de projeções financeiras, suspensas pela companhia em 30 de abril, as previsões de consenso dos analistas financeiros constituem atualmente a principal métrica para as expectativas do mercado.

Programa Carro Sustentável poderá injetar até 100 mil veículos no mercado em 2025

São Paulo – Até o fim do ano o segmento de automóveis e comerciais leves deverá sentir os efeitos positivos do programa Carro Sustentável, que poderá injetar até 100 mil unidades no mercado, de acordo com as projeções da Bright Consulting. O programa zerou o IPI de alguns modelos de hatches, sedãs compactos, picapes compactas e SUVs compactos produzidos no Brasil, caso atendam às metas exigidas pelo governo federal, como a emissão de 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado. 

O COO da consultoria, Murilo Briganti, observou que a projeção de janeiro para o ano era de 2 milhões 650 mil emplacamentos, número que caiu para 2,6 milhões em abril e que seria revisado novamente em julho para 2 milhões 550 mil, porque o mercado estava andando de lado, principalmente no varejo:

“Agora, com o anúncio do Carro Sustentável, a gente deverá fechar o ano com o número projetado em janeiro, com as vendas chegando nos 2 milhões 650 mil veículos. Esse volume representa uma expansão de 6,3% sobre 2024”.

Diferentemente de quando o governo zerou o IPI para determinada faixa de preço durante três meses em 2023 no novo programa a lista de modelos que atendem aos requisitos é bem maior. Desta forma quase todas as montadoras de volume conseguem participar com mais de uma versão de alguns modelos, incluindo os SUV’s de entrada como Fiat Pulse, Renault Kardian e Volkswagen Tera.

O fôlego que o programa traz para o mercado poderia ser ainda maior se as taxas de juros para financiamento fossem melhores, pois isto tem influenciado bastante as decisões de compra e o índice de confiança dos consumidores, de acordo com Briganti. 

A Volkswagen foi a primeira a anunciar uma série de descontos para modelos como Polo Track, Polo TSI, Virtus Highline, Saveiro Robust cabine simples e T-Cross 200 TSI: ainda que alguns não se enquadrem no programa também tiveram seus preços reduzidos. Renault Kwid, Fiat Mobi, Fiat Argo, Hyundai HB20 e Hyundai HB20S são outros modelos que já tiveram seu preço reduzido com a isenção do IPI.

Injeção maior em 2026

Para o ano que vem a projeção da Bright era mais conservadora, com alta de 1,4% sobre os 2 milhões 650 mil veículos que deverão ser vendidos em 2025. Isto por fatores econômicos externos e pelas eleições no Brasil, que poderiam segurar um pouco o consumo no mercado de automóveis, mas com a chegada do Carro Sustentável o cenário também mudou:

“Para 2026 a nossa expectativa é de que o programa adicione um volume de 150 mil unidades ao mercado e, com isto, os emplacamentos cheguem a 2,8 milhões de unidades. Caso este cenário se concretize o incremento nas vendas será de 6% na comparação com 2025”.

Grupo Reiter produzirá biometano para abastecer sua frota

São Paulo – O Grupo Reiter instalará usina de biometano em Capão do Leão, RS, para abastecimento de sua frota. Com investimento de R$ 120 milhões a construção ocupará área de 100 hectares e deverá começar a operar em 2027, com capacidade produtiva inicial de 400 mil m3 de biometano por mês.

O empreendimento é resultado de joint venture da Estancia del Sur, empresa agropecuária do grupo, com a Geo Biogás & Carbon, formando a Geo del Sur. A nova usina utilizará resíduos orgânicos provenientes da produção agropecuária da própria Estancia del Sur como matéria-prima para geração de biometano para caminhões 100% a gás da Reiter Log.

Vinícius Reiter Pilz, diretor presidente da Reiter Log e da Estância del Sur e fundador da Geo del Sur, contou que o projeto de economia circular conecta três empresas do grupo: 

“A Estância del Sur planta o milho, o boi come a silagem e o esterco é levado a um biodigestor. Aí entra a Geo del Sur, que utilizará este resíduo para gerar o biometano usado para abastecer os caminhões da Reiter Log e o fertilizante, que volta para a plantação de milho da Estancia del Sur e de outras fazendas da região”. 

Com a produção da usina a Reiter Log ampliará sua autonomia energética e poderá atender integralmente sua demanda de abastecimento com biometano no Estado, com potencial de comercializar o excedente. 

O Grupo Reiter conta com 2,5 mil funcionários e acumula faturamento de R$ 2 bilhões nos últimos doze meses. Com a nova usina de biometano a companhia deve gerar cinquenta postos de trabalho diretos. Atualmente 35% dos veículos da empresa já operam com fontes renováveis e a meta é ter uma frota 100% movida a fontes alternativas até 2035. 

JTEKT vai fornecer caixa e coluna de direção para o novo Nissan Kicks

Por mais que a JTEKT Brasil atenda às principais montadoras do país, a assinatura de um novo contrato de fornecimento é sempre motivo de orgulho e celebração, principalmente quando ele amplia o escopo de atuação. Fabricante de sistemas de direção, automação industrial e centros de usinagem, a empresa já era fornecedora da Nissan, sendo responsável pela caixa de direção da versão anterior do Kicks, além de ter equipado o hatch March e o sedã Versa no passado com sistemas de direção. Nada comparado, no entanto, ao novo acordo entre as companhias: a JTEKT passa a fornecer caixa e coluna de direção para o novíssimo Nissan Kicks.

Localizada em São José dos Pinhais (PR), com origem na Koyo, que se instalou no Brasil em 1998, a JTEKT amplia, com esse novo contrato, sua participação técnica no projeto e reforça a expertise em soluções completas para o cliente. Será a primeira vez que a JTEKT produzirá seus insumos fora do Paraná. Ela estará sediada também em Resende (RJ), onde está localizada a planta industrial da Nissan, com uma nova base de operação estratégica para atendimento à montadora.

O modelo criado pelas duas empresas prevê que a JTEKT forneça diretamente à planta da Nissan, operando no modelo Just in Time, o que reforça o compromisso com excelência operacional, agilidade e eficiência logística e consolida a relação com a montadora, abrindo portas para novas oportunidades de colaboração em projetos futuros.

De acordo com a JTEKT, a conquista só foi possível graças ao trabalho integrado e dedicado das equipes técnicas, comerciais, de qualidade, logística e produção, demonstrando a capacidade coordenada de atender aos desafios e às exigências de novos programas.

Foto: Divulgação/JTEKT

Volkswagen Delivery 11 180 é o mais vendido entre os caminhões médios no semestre

São Paulo – No primeiro semestre o Volkswagen Delivery 11 180 assumiu a dianteira nas vendas de caminhões novos de médio porte no País, informou a Volkswagen Caminhões e Ônibus. Dados da Fenabrave apontam que o modelo teve 3 mil 69 unidades emplacadas de janeiro a junho, o que garantiu 41% de participação. 

Os dados refletem também o crescimento do segmento de médios no mercado total. No caso do Delivery 11 180 o desempenho tem sido puxado especialmente por aplicações para baú carga geral e carga seca, que, juntas, representam quase 70% de sua demanda, segundo a montadora.

“Nichos como frigorífico, isotérmico, plataforma de autossocorro e tanque também movimentam esta alta.”

A Volkswagen Caminhões e Ônibus acredita que o modelo soma dois diferenciais que impactam diretamente nos resultados dos transportadores: a maior capacidade de carga do segmento, com PBT de 10,8 mil kg, e a maior plataforma de carga da categoria, aliado ao motor de 180 cv e 600 Nm de torque, com opção de transmissão automatizada.

ABC Paulista apresenta propostas de reindustrialização ao MDIC

São Paulo – Escutar as dores setoriais da indústria, colher novas demandas e informações para avançar ou aprimorar o que já foi adotado pelo governo e alinhá-las ao que propõe a política de reindustrialização do País, a NIB, Nova Indústria Brasil. Este é o principal objetivo quando o assunto é voltar a fortalecer o segmento. Foi o que afirmou o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Uallace Moreira, durante participação no Fórum da Indústria do ABC.

O evento, organizado pela Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, em Santo André, SP, propôs alinhar estratégias e apresentar o posicionamento regional com relação à NIB.

Frente ao cenário de desindustrialização que atinge as sete cidades do Grande ABC, e da crescente evasão de empresas, o secretário reforçou a necessidade de se investigar a fundo os motivos que resultaram na redução do emprego industrial na região mas que, independentemente disto, é preciso ter clareza que existe uma tendência de redução de emprego na indústria de modo geral. O que ocorre conforme o ramo de serviços avança.

“O Brasil precisa estar preparado para estes novos desafios, para esta nova fronteira tecnológica. O que significa ter um projeto de desenvolvimento nacional, necessidades que a Nova Indústria Brasil busca refletir, identificando cadeias produtivas que podem se fortalecer.”

E ele prosseguiu: “Torná-las mais densas e completas quer dizer também ver o efeito que podem ter em outros setores, por exemplo, serviços. Até porque a indústria 4.0 vai demandar outro tipo de serviços”.

Moreira ressaltou a necessidade de preparar a sociedade para este novo tipo de emprego que será demandado. “Portanto, retomar a indústria automotiva, de peças e componentes, e de pneumáticos, que está passando por grandes transformações que se refletirão em outras áreas, passa pelo fortalecimento tecnológico e por capacitação”.

Pautas para reindustrialização do ABC Paulista são entregues para Uallace Moreira durante Fórum da Indústria do ABC. Foto: Divulgação.

Não à toa a pauta regional formalizada em documento entregue ao MDIC inclui propostas com foco em capacitação, desenvolvimento de fornecedores locais, atração de investimentos e apoio à transição tecnológica e energética. 

A região sugere trabalhar prioritariamente nas cadeias de dispositivos médicos, mobilidade e propulsão, semicondutores e TICs, química verde e defesa, além de sugerir ações estruturantes como oficinas de fomento, programas de qualificação e estímulo a startups industriais. 

Concorrência externa desenfreada é o que mais incomoda

Quanto aos pleitos setoriais o de borracha reivindicou a elevação da alíquota de importação de pneus como forma de proteção tarifária à indústria nacional, ameaçada pelo avanço das importações. No de autopeças a principal preocupação é com a concorrência externa, com pedido do segmento de elevar alíquotas de importação a fim de conter o ingresso de produtos subsidiados que prejudicam a cadeia produtiva local.

Já o CIESP Diadema apresentou pauta mais ampla, representando a indústria de forma geral. E dos pontos destacados estão a redução da carga tributária, a diminuição das taxas de juros, a adoção de medidas de proteção contra importações predatórias e o fortalecimento de políticas de apoio à inovação tecnológica.

Uallace Moreira lembrou que o governo tem lançado mão de medidas como a oferta de linhas de crédito setoriais e o Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, a fim de pavimentar as mudanças.

“Por isto as medidas adotadas a partir da NIB e um diálogo como este, com as entidades de classe, são importantes para que sejam identificadas outras medidas ou aprimoradas as já existentes. O que vale não só para o ABC mas para todo o Brasil.”

Segundo o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico, Aroaldo Oliveira da Silva, é imprescindível reunir os diversos setores e instituições em torno de um plano comum de desenvolvimento: “Precisamos convergir todas as ações para esse guarda-chuva que vem sendo construído pelo MDIC. A ideia é, então, em momento oportuno, resgatar este debate e firmar um pacto pelo futuro da indústria do ABC”.

Agência AutoData de Notícias completa 6 mil edições

São Paulo – Pioneirismo. Geralmente esta palavra é aplicada a AutoData, a primeira editora brasileira a fazer a cobertura sistemática do setor industrial automotivo. Tudo começou em 1992 com uma newsletter impressa, que derivou para a revista que você lê até hoje. Fomos os primeiros a organizar encontros, seminários e congressos no Brasil. Também temos o primeiro reconhecimento empresarial o Prêmio AutoData, que este ano terá sua 26ª edição consecutiva.

Mais ainda: somos pioneiros na internet, pois esta newsletter que hoje completa 6 mil edições foi o primeiro conteúdo informativo digital a ser enviado para a caixa de e-mails das pessoas que trabalham no setor automotivo e de interessados no assunto. Isto aconteceu numa quinta-feira, 10 de agosto de 2000.

Primeiro formato do Boletim AutoData

O recém-criado universo digital, que se espalhava pelos computadores em conexões discadas, feitas pelas linhas telefônicas tradicionais, já havia superado o bug do milênio [alguém lembra dessa?] quando AutoData lançou sua agência de notícias diária, no segundo semestre de 2000.

Notícias relevantes para a indústria todos os dias, pela manhã

Infelizmente este momento se perdeu em disquetes de 3 ½ polegadas ou em um compact disk mal armazenado nessas mais de duas décadas e que foram descartados inadvertidamente em algum momento da nossa história. Mas temos algumas pérolas, como estas edições que foram impressas e até agora sobrevivem em nossos arquivos, 25 anos depois.

Cobertura diária dos eventos mais importantes para a indústria, como o Salão do Automóvel

Por meio da Agência de Notícias a AutoData elevou ainda mais a sua missão de transformar informação em conhecimento porque todos os dias, pela manhã, tudo o que mais importa no mundo automotivo nacional e internacional está condensando ali, para nossos leitores.

Esta missão está longe de terminar. Nestes 25 anos formamos a convicção de que este trabalho é essencial para a indústria automotiva e para nossos leitores. E seguiremos mais algumas décadas oferecendo diariamente a cobertura mais completa e relevante da política, da economia e dos negócios da indústria automotiva mundial.