A Iveco realizou na quarta-feira, 19, evento de lançamento do loteamento do novo Distrito Industrial de Sete Lagoas, MG, com área total de 257 mil m² e obras de infraestrutura já concluídas pela prefeitura. A empresa negocia a ida de fornecedores para o local e espera já no ano que vem ter alguns parceiros operando no município mineiro.
Desencadeado há mais de três anos, o projeto de criar um condomínio de fornecedores de autopeças em área vizinha à fábrica de caminhões e ônibus visa aumentar a localização de peças, obter maior flexibilidade produtiva e, assim, ganhar competitividade e participação de mercado. É o que revela Osias Galantine, diretor de compras da CNH Industrial, grupo que congrega Iveco, FPT Industrial e a CNH, dentre outras:
“Temos quarenta empresas convidadas para participar do empreendimento e acreditamos que até o fim do primeiro trimestre de 2015 já tenhamos as primeiras definições. Se conseguirmos vinte já consideraremos um número bem interessante”.
A expectativa, segundo Galalntine, é atrair fornecedores das áreas de montagem de rodas, chassis, radiadores e transformações de veículos, dentre outros. “É um processo de mineirização similar ao promovido pela Fiat nos anos 90. Para aumentarmos participação no mercado precisamos operar sem estoques e com agilidade para responder aos altos e baixos do mercado.”
Como Sete Lagoas já tem um distrito industrial, voltado a vários segmentos da indústria e totalmente aberto, o parque da Iveco foi denominado Distrito Industrial de Sete Lagoas 2. Será uma espécie de condomínio fechado, com portaria própria, e dedicado à fabricante.
O empreendimento conta com a parceria da prefeitura de Sete Lagoas, que bancou toda a infraestrutura – água, luz, esgoto e ruas. São 74 lotes, oferecidos a preços atrativos, de acordo com Galantine, e o fornecedor pode adquirir mais de um dependendo das suas necessidades. Algumas áreas serão compartilhadas, como a portaria e o restaurante, o que reduzirá custos das empresas que atuarem no local.
Os fornecedores interessados em participar do projeto poderão utilizar os serviços de uma construtora já contatada pela Iveco, que bancará o investimento nas obras e depois alugará o prédio por quinze anos, garantindo o direito à compra com pagamento de valor residual ao término deste período.
Do total de compras produtivas da Iveco, que no ano passado atingiu € 300 milhões, cerca de 30% atualmente são negociados em Minas Gerais. “Com o Distrito Industrial esperamos elevar essa participação para algo em torno de 40% a 45%”, revela o diretor de compras da CNHi.
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