AutoData - Renault espera manter inalterado volume de vendas do Duster
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04/05/2015

Renault espera manter inalterado volume de vendas do Duster

O novo Duster é peça fundamental na estratégia da Renault rumo à conquista de participação de mercado de 8% até 2016. O SUV compacto apresentado na segunda-feira, 30, em Campinas, tem a missão de se manter na faixa de 45 mil unidades/ano, mesmo em período de vendas fracas – a estimativa da fabricante para o ano é de queda de 16% – e efervescência de lançamentos em seu segmento.

Um dos trunfos da novidade é o preço: parte de R$ 63 mil e vai a R$ 78,5 mil na versão topo de gama. Seus concorrentes vão de R$ 66,2 mil a R$ 87,1 mil, caso do Ford Ecosport, de R$ 70 mil a R$ 89 mil, preço do Honda HR-V, e de R$ 70 mil a R$ 117 mil, a tabela do Jeep Renegade.

Olivier Murguet, presidente da Renault do Brasil, evita números absolutos. Mas revela que a meta para 2015 é superar a fatia de 7% de participação alcançada no ano passado: “A picape apresentada no salão de São Paulo em 2014 chegará este ano, mas não terá tanto impacto no volume total de vendas. Isso só será perceptível no ano cheio, não em alguns meses. Desenho não era nosso forte, por isso renovamos Logan, Sandero e agora Duster e ampliamos nossa presença. E teremos mais novidades”.

A nova picape, apresentada no Salão como conceito denominado Oroch, deve debutar com outro nome no mercado nacional – a questão está em estudo. Mas esta não será a única novidade da Renault nos próximos doze meses: nem mesmo vendas ou produção nacional dos apimentados Sandero e Megane RS estão descartadas. “Quem sabe? O Sandero RS faz sucesso lá fora”, desconversa o executivo.

Ele acrescenta que “o mercado brasileiro é extremamente atraente, o consumidor tem gostos específicos e nosso objetivo é trazer o que temos de melhor, usando nosso supermercado em todo o globo: temos Dacia, Nissan e Samsung. O importante é oferecermos ao cliente daqui o que ele deseja. A picape, por exemplo, não é vendida em nenhum outro mercado”.

O presidente estima baixa de 16% no mercado brasileiro em 2015, mas mesmo assim se diz confiante: “É difícil fazer uma previsão assertiva. Não vejo essa queda diminuir; creio que será um ano difícil, mas que não nos assusta. Não se trata de crise e, mesmo com a queda, são volumes consideráveis”.

Com relação aos volumes de produção, Murguet também estimar queda: “O custo de produção no Brasil é alto. Com o dólar volátil é difícil exportar, pois não se fecham vendas a um mercado externo de um dia para outro”.


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