As montadoras de caminhões produziram 5 mil 284 unidades em junho, volume 35,5% inferior ao de um ano antes e 14,3% abaixo de maio, segundo dados da Anfavea divulgados na segunda-feira, 6. No acumulado do ano a produção chega a 41,6 mil caminhões, queda de 45,2% – ou o menor resultado desde 1999, segundo o vice-presidente Marco Antônio Saltini: “A fraca produção de bens de capital no primeiro semestre reflete a falta de vendas do setor. A baixa demanda obrigou as montadoras a adotar medidas de contração, devido aos estoques altos. Existem segmentos, como o de extrapesado, com queda de 68%”.
De janeiro a junho foram licenciados 37,3 mil caminhões no mercado brasileiro, queda de 42,3% com relação ao primeiro semestre do ano passado. No mês passado os emplacamentos do segmento alcançaram 6,2 mil unidades, 41,6% abaixo de junho de 2014 – mas 2,7% acima de maio.
“O País passa por uma crise de confiança, o que ajuda a explicar a fraca demanda por bens de capital”, observou Saltini. “Talvez os empresários estejam esperando os resultados do ajuste fiscal, mas de toda forma a crise de confiança derrubou as vendas de caminhões e ônibus.”
O segmento de caminhões pesados foi o que mais sofreu o impacto no semestre, com redução de 61,4% nas vendas. Quanto menor o peso bruto menor a queda: em semipesados a retração foi de 43%, em médios 30,7%, em leves 15,3% e em semileves o mercado praticamente segue em estabilidade, com 0,8% menos licenciamentos do que no primeiro semestre do ano passado.
Em contrapartida as exportações de caminhões cresceram de janeiro a junho. Foram enviados 10,2 mil unidades para o Exterior, volume 9,3% superior ao do mesmo período de 2014. Em junho os embarques cresceram 26,1% com relação há um ano antes, para 1 mil 980 caminhões.
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