Talvez o mais original e distintivo na apresentação do Ford Focus Fastback, realizada na terça-feira, 28, em Gramado, RS, sejam os preços de suas quatro versões: R$ 78 mil para a SE, R$ 80 mil para a SE Plus, R$ 88 mil para a Titanium e R$ 97 mil para a Titanium Plus, que conta com assistente de frenagem autônomo, faróis bi-xenon, sistema de estacionamento automático, sensor de estacionamento dianteiro, espelhos com rebatimento elétrico, banco do motorista com ajuste elétrico e teto solar. Pois, nesse caso, os preços definem a estratégia da companhia para o segmento de veículos médios, hatches e sedãs, imprensado no meio do caminho dos compactos premium aos SUVs.
É um segmento que passou de 10% do total em 2011 para 7,7% no ano passado, e do qual, hoje, Oswaldo Ramos, gerente geral de marketing da Ford, tem apenas relativa projeção de tamanho e de desempenho Ford. Esse desconhecimento acontece não por falta de esforço mas pelas circunstâncias:
“Com a queda do mercado passamos a dispor de capacidade produtiva quase infinita. O que o mercado demandar teremos condições de entregar. Mas é muito difícil dimensionar o mercado de carros médios no Brasil nos dias de hoje”.
Ele aceita a ideia de que o segmento de médios significa de 7% a 8% do mercado total, coisa de 200 mil unidades por ano, 220 mil. E que, de 200 mil, 220 mil consumidores, cerca de estimados 30% estejam inscritos no rol dos engajados, exatamente no qual Ramos mira. São consumidores, profissionais, em ascensão, com mais necessidades além, apenas, da esportividade de seu carro – que buscam mais espaço para bagagens, por exemplo, ainda que com toques, ao menos relativamente, esportivos.
Os outros conhecidos pés de apoio Ford além de esportividade são desempenho, segurança e tecnologia.
“Com a posição do modelo hatch, hoje, já bem consolidada no mercado daremos força total à imagem do modelo fastback. O Focus nunca mais será lembrado como um carro de quem ninguém… se lembrava.”
Mas Ramos não pretende que o desempenho da Ford seja de mera figurante nas vendas do segmento de médios: “O fastback é um carro para entusiastas, para quem gosta de carro e ainda não encontrava no mercado a resposta mais exata para as suas necessidades. Oferece tecnologia de vanguarda contra equipamentos convencionais, demonstra design inventivo contra design conservador”.
Pesquisas definem como entusiastas consumidores “que têm grande expectativa de começar a dirigir, que sonham com o primeiro carro, que sonham evoluir e, um dia, ser donos de um carro médio”, citou Oswaldo Ramos. “E é este papel que o modelo fastback vem resgatar.”
Ao descrever as linhas do modelo Focus Fastback ele identifica que o seu perfil – muito bonito perfil – é inspirado no de mitos da marca, como o Mustang. Na dianteira o padrão Ford atual é imediatamente reconhecido, e a traseira, bem… no caso da traseira somos indiferentes.
Também Fábio Sandrin, supervisor de design da Ford para a América do Sul, acredita numa muito boa resposta do mercado ao “design arrojado e à tecnologia inovadora, envolvidos pelo espírito de esportividade” do Fastback. Ele destacou sua silhueta dinâmica, que cria identidade com grades e faróis, “e os sutis trabalhos de superfície, particularmente na linha que vai do teto ao porta-malas”.
Mas não se pode esquecer da linha de cintura do carro, descendente de trás para a frente, que é traduzida pelo sentimento de velocidade, e a caixa de rodas, saliente, visível, notável, “não convencional”. Isso tudo, acredita Sandrin, “reflete a ideia de potência e de dinamismo”.
Talvez a melhor dimensão do raciocínio de Ramos e de Sandrin, a melhor imagem daquilo que talvez possa ser considerado um carro jovem familiar, é a inédita presença de rodas de 17 polegadas calçando todas as versões do Fastback, rodas raiadas, exclusivas.
O interior do Focus Fastback acompanha o da família, com painel funcional e tecidos e plásticos e couros amigáveis, “materiais nobres de acabamento e de mais requinte”, como informa a Ford.
“O modelo Fastback, nas suas quatro versões, é o carro de maior valor agregado quando o comparamos à concorrência”, reforçou Oswaldo Ramos. “E isso é mais notável nos top de linha, normalmente os mais vendidos no segmento de médios.”
Também tem controle eletrônico de estabilidade preventivo, ETS, de série, sistema AdvanceTrac de controle e estabilidade e sistema de aviso de pressão baixa dos pneus. E sistema multimídia Sync com AppLink para aplicativos de smartphones e assistência de emergência.
Como ele insiste: tudo isto em um carro que custa menos de R$ 100 mil.
Este mesmo carro, dotado de motor Direct Flex 2.0 de 175 cv a gasolina e 178 cv a álcool e de injeção direta, faz 6,7 km na cidade com álcool e 9,7 km com gasolina, e na estrada, respectivamente, 9,2 km e 13 km – resultados que Luiz Morroni, diretor de novos programas de engenharia da Ford, garante que os veículos concorrentes não alcançam.
Informa a Ford que 88% da força máxima disponível desse motor ocorre às 2 mil 750 rpm, e que seu pico de torque, 221 Nm, aparece às 4,5 mil rpm. E que o peso do carro é refletido por relação peso-potência 17% melhor do que a média dos outros veículos concorrentes.
A transmissão é automática de dupla embreagem de seis marchas e as versões do Focus Fastback dispõem de troca de marchas no volante, o paddle shift, à exceção da SE.
A suspensão é independente nas quatro rodas, McPherson na frente e Multilink atrás, com barra estabilizadora. A direção elétrica foi recalibrada e a aerodinâmica ganhou 4% de eficiência diante do modelo anterior, disse Morroni.
Do ponto de vista da sustentabilidade a Ford faz, na Argentina, um carro do qual 85% das peças podem ser recicladas e do qual 95% dos materiais podem vir a ser transformados em energia. Mais: 11,1 kg de seus 1 mil 396 kg são compostos de material já reciclado.
Para os donos de Focus 2014 e 2015 a Ford, com o modelo Fastback, também oferece 15% de desconto na troca. O primeiro lote, de quinhentas unidades, já está disponível nas concessionárias para entrega a partir de 30 de setembro. Os dois primeiros lotes, referentes ao modelo hatch, já foram esgotados – eram oitocentas unidades.
Mais: além da garantia de três anos, para os 2 mil primeiros compradores de um modelo Focus Fastback a Ford concederá isenção no pagamento das quatro primeiras revisões obrigatórias previstas, até os 30 mil quilômetros ou 36 meses. O valor do seguro, estipulado pela Ford em parceria com a Mapfre, terá preço médio final de 3,8% do valor do carro. Com uma peculiaridade: o custo do seguro de um Titanium Plus não ultrapassará R$ 3 mil 198 – contra R$ 3 mil 332 de um Titanium, 15% a menos. O que faz a diferença é a versão Plus ser equipada com assistente de frenagem autônomo.
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