Passaram de 600 os demitidos pela General Motors em São José dos Campos, SP, segundo contabilidade do sindicato dos metalúrgicos local. Desde o sábado, 8, a companhia vem avisando parte de seus 5,2 mil funcionários que seus contratos serão rescindidos devido à falta da reação do mercado brasileiro de veículos.
A quantidade de demissões pode ainda crescer, uma vez que a empresa não informa oficialmente o número de desligamentos.
O sindicato agendou para a manhã de sexta-feira, 14, uma manifestação na cidade, com concentração próxima ao portão da fábrica. Desde segunda-feira, 10, todos os trabalhadores estão em greve. Chamado de Ato em Defesa dos Empregos na GM o protesto reivindica anulação das demissões, abertura de negociações com o sindicato e que os governos federal, estadual e municipal intercedam a favor dos trabalhadores demitidos.
Na quinta-feira, 13, o sindicato desrespeitou uma liminar obtida pela GM na noite de quarta-feira, 12, na Justiça do Trabalho, que determina a desobstrução de vias, bolsões e acessos à fábrica de São José para permitir a entrada e a saída de pessoas e veículos. Segundo porta-voz da montadora os sindicalistas fizeram novos bloqueios na manhã da quinta-feira, 13, mantendo a greve.
“A empresa entende que o diálogo é a melhor forma de resolver conflitos”, afirmou a GM em comunicado.
Fábricas paradas – Além da Mercedes-Benz, cuja fábrica de São Bernardo do Campo, SP, está parada desde a semana passada, a Ford suspendeu temporariamente a produção nas fábricas de carros e motores de Camaçari, BA – onde são produzidos Ka, Ka+ e EcoSport. Segundo o portal G1 os cerca de 3,5 mil trabalhadores da fábrica só retornam ao trabalho na segunda-feira, 17.
As linhas de produção de automóveis pararão de quarta-feira, 12, a sexta-feira, 14. A produção de motores foi interrompida na segunda-feira, 10, e seguirá assim até a sexta-feira, 14.
Em Betim, MG, cerca de três mil funcionários das linhas de produção entrarão em férias a partir de segunda-feira, 24, por vinte dias. É a quarta vez no ano que a montadora toma a iniciativa de colocar parte dos trabalhadores da fábrica em férias coletivas.
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