Mais uma montadora da região do ABCD Paulista acertou com os trabalhadores sua adesão ao PPE, Programa de Proteção ao Emprego: na manhã da sexta-feira, 18, os funcionários da Ford Taboão, em São Bernardo do Campo, SP, a exemplo de seus colegas das vizinhas Mercedes-Benz e Volkswagen aprovaram as condições da empresa.
Com isso os 203 trabalhadores demitidos há cerca de duas semanas foram reintegrados às linhas de produção da montadora, que fabrica o New Fiesta hatch e os caminhões da marca na unidade. A greve que se estendia por nove dias também foi encerrada.
Segundo informações do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC o acordo prevê a redução da jornada de trabalho e do salário por 20%, mas só a partir de janeiro. Metade do desconto nos vencimentos do trabalhador será arcado com recursos do FAT, Fundo de Amparo do Trabalhador, garantindo assim salários apenas 10% inferiores aos operários da Ford no período.
O PPE está programado para durar seis meses na fábrica, com possibilidade de extensão por período equivalente. PLR, reajuste do INPC e abonos previamente acertados foram mantidos, bem como o lay off de 150 trabalhadores. Em 2016, mesmo com o PPE, outros 150 funcionários serão colocados em lay off.
O presidente do sindicato – e funcionário da Ford – Rafael Marques comemorou o acerto, em comunicado: “A maior contribuição da categoria é preservar os empregos para retomar a economia e fazer o Brasil voltar a crescer”.
Somente no ABCD sete empresas aderirem ao PPE: além das três montadoras, os fornecedores Prensas Schuler, Pricol, Rassini e Trefilação União. Dentre as associadas da Anfavea ainda houve acerto da Caterpillar, em Piracicaba, SP.
Notícias Relacionadas
Últimas notícias