Fazer alterações em um modelo que somou mais de 500 mil unidades vendidas em menos de três anos é uma atitude arriscada. Alheia ao ditado que diz que não se mexe em time que está ganhando, a Hyundai traz ao mercado um HB20 com modificações visuais, mecânicas e de catálogo.
O design, um dos principais motivos para a compra dos modelos da família HB20 – identificados em pesquisas internas com consumidores e potenciais consumidores da marca, algo que, segundo o diretor executivo de vendas e marketing da Hyundai Motor Brasil, Antônio Sérgio Rodrigues, a direção da matriz, na Coreia do Sul, leva muito a sério – foi atualizado. A grade dianteira ficou em linha com as atuais gerações de modelos importados da Hyundai, como o Sonata e o Santa Fé.
O modelo ganhou também novos faróis com LED, lanternas e para-choques traseiros, e rodas e calotas, agora com aro 15 polegadas. Internamente traz novos tecidos, com opção em couro cinza e marrom, esta última mais usada em automóveis de segmentos superiores. O conjunto motriz também recebeu alterações, focadas em ganho de eficiência energética.
O motor 1,6 litro agora dispensa o tanquinho auxiliar, graças ao novo sistema de partida a frio. Tanto esta opção de motorização como a de 1 litro agora ostentam selo com a nota A no PBEV, Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, do Inmetro. Já a suspensão, tanto manual quanto automática, têm seis marchas.
Mas a aposta da Hyundai para atrair os consumidores está na interatividade. Todos os HB20 sairão de fábrica com sistemas que permitem conversar com os telefones celulares dos motoristas, seja por meio da tecnologia bluetooth, seja pelos sistemas CarPlay, da Apple, ou CarLink, do Android. Rodolfo Stopa, gerente de produto do HB20, justificou a opção:
“O consumidor hoje em dia busca um sistema multimídia de qualidade. Ele está quase comprando o sistema, com o carro acompanhando a escolha”.
O BlueAudio, presente desde a versão de entrada, permite interação com o celular por meio da tecnologia bluetooth. Já o BlueMedia parelha o smartphone na tela do sistema, dando ao usuário a possibilidade de controlar as funções do telefone na tela de 7 polegadas do sistema multimídia.
“Os celulares com Android já poderão fazer isso a partir de agora. Os iPhone só no ano que vem, mas sem custos adicionais ao consumidor que comprar o modelo agora”.
Com mais itens de série, como o BlueAudio e vidros e travas elétricas, a versão de entrada, Comfort 1 litro, ficou R$ 400 mais cara – agora o preço sugerido é R$ 39 mil. O BlueMedia só é oferecido como opcional de versão Premium: acrescenta R$ 2,5 mil aos R$ 59,5 mil pedidos pela montadora.
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