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26/10/2015

Volkswagen anuncia Matthias Müller como novo CEO

Por Redação AutoData

- 26/10/2015

O diretor-geral da Porsche, Matthias Müller, assumiu na sexta-feira, 25, o cardo de CEO do Grupo Volkswagen. Considerado próximo às famílias Porsche e Piech, acionistas controladoras da companhia, o executivo de 62 anos seguirá acumulando funções enquanto seu sucessor na marca de luxo não for definido.

Müller era considerado favorito ao cargo, vago desde a quarta-feira, 23, quando Martin Winterkorn renunciou após a explosão do escândalo de fraude nos testes de emissões de modelos diesel nos Estados Unidos – e que a empresa já confirmou ter sido feito também na Europa. Mais de 11 milhões de veículos saíram de fábrica com um software instalado que enganava os testes. A companhia fez um alerta de lucro avisando que destinou € 6,3 bilhões para cobrir os custos relativos ao fato.

O novo CEO nasceu em Chemnitz, na Saxônia, e começou a carreira como torneiro mecânico na Audi. Estudou ciência da computação na Faculdade de Ciências Aplicadas de Munique e, ao completar seu mestrado na área, voltou à empresa de Ingolstadt, dessa vez para chefiar a divisão de análise de sistemas.

Passou por outros cargos na própria Audi, Seat e Lamborghini e se mudou para Wolfsburg, sede do Grupo VW, em 2007, para liderar a área de desenvolvimento de produto do grupo e da marca Volkswagen. Assumiu o comando da Porsche em 2010 e foi eleito integrante do board da companhia em março deste ano.

Em comunicado, Müller afirmou que sua tarefa mais urgente é trazer de volta a confiança do Grupo Volkswagen, sem deixar nenhum rastro e com o máximo de transparência para contornar a atual situação. “Sob minha liderança a Volkswagen fará tudo que for possível para desenvolver e executar os padrões rigorosos de conformidade e governança da nossa indústria”.

Após o anúncio oficial de Müller como novo CEO, outro comunicado anunciando mudanças de estrutura e outras nomeações de cargos foi divulgado pela companhia, que não confirmou demissões em decorrência do escândalo. Mas agora o grupo pretende dar maior autonomia para as marcas e regiões, delegando a estes comandantes mais independência e responsabilidades que antes ficavam com a diretoria.


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