São Paulo – Após quatro anos e meio o processo de recuperação judicial da Artecola chegou ao fim. Em maio, a indústria química celebrou 74 anos. Na atual estrutura, que conta com três áreas de negócios, indústria, consumo e extrusão, a companhia produz adesivos, selantes e laminados termoplásticos para usos industrial, profissional ou doméstico.
Segundo o presidente executivo, Eduardo Kunst, a empresa está na contramão das estatísticas, pois, de acordo com a Serasa Experian, desde 2018 somente 21% daquelas que decretaram recuperação judicial no País evitaram a falência: “Mais uma vez, catalisamos transformação e estamos criando uma empresa a cada dia mais ágil e criativa.”
Protocolado em fevereiro de 2018, o pedido de recuperação judicial decorreu de grave crise iniciada a partir de contratos com o governo federal assinados por uma das empresas que integrava a holding FXK Participações, da qual a Artecola faz parte.
De acordo com Kunst, o não cumprimento do contrato pela contratante se refletiu na indústria química, que era fiadora e passou a ser acionada por credores. A situação desestruturou o planejamento financeiro da operação. A aprovação do plano se deu em outubro de 2019, com prazo de até quinze anos para saldar os pagamentos devidos.
“Como previsto em lei, solicitamos o encerramento após 24 meses de cumprimento do plano, observando plenamente todos os procedimentos legais e formais para encerramento da recuperação judicial.”