AutoData - Compartilhamento de carros já é realidade
Mobilidade
26/10/2017

Compartilhamento de carros já é realidade

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

O mercado de compartilhamento de carros ainda está engatinhando, no Brasil, mas algumas empresas já apostam nessa prestação de serviço, caso da Urbano Car Sharing, que faz parte do LDS Group, que tem investimento programado de R$ 25 milhões até março para a compra de novos veículos. A empresa já tem o aplicativo disponível para smartphones e começou a colocar sua frota na rua este mês.

 

A tecnologia usada pela Urbano Car Sharing é da Vulog, empresa que atua no segmento de compartilhamento de veículos há mais de dez anos, na França. O sistema permite o monitoramento dos carros à distância, desde onde estão circulando até o modo de dirigir do motorista, como a velocidade. Essa tecnologia foi instalada em todos os carros da empresa, disse o diretor de marketing Vinicius Romano:

 

“Nossos veículos já foram testados por algumas empresas que fecharam pacotes de minutos e agora podem ser usados por qualquer usuário”.

 

A Urbano tem 77 carros disponíveis, sendo 67 Smart e dez BMW i3 — o primeiro é dotado de motor a combustão interna e o segundo é elétrico –, e está negociando a compra de mais cem carros elétricos com duas montadoras.

 

Para usar o serviço é necessário baixar o aplicativo, preencher cadastro, concordar com os termos de uso, enviar imagem da CNH válida e cadastrar um cartão de crédito para que a cobrança seja feita. Os usuários pagarão R$ 1,20 por minuto de uso do carro.

 

O aplicativo mostrará num mapa a localização do cliente e a dos carros mais próximos. Depois é só clicar no carro desejado e ele ficará reservado nos próximos 15 minutos, tempo que o usuário terá para chegar até o carro e, com mais um clique no aplicativo, destravá-lo. Ao entrar basta pegar a chave, que fica no porta-luvas, dar a partida e sair. Se por acaso o nível de combustível estiver baixo e o motorista se dispuser a abastecê-lo utilizará um cartão de crédito, que também fica no porta-luvas — e ganhará minutos de uso do carro como bâonus pelo serviço que prestou. A Urbano conta com equipe de rua para limpar os carros quando necessário e para levá-los ao abastececimento.

 

Depois de utilizar o carro o cliente deixa-o estacionado em uma das oito zonas de 1 km² que a empresa já tem disponível, espalhadas por bairros como Moema, Brooklin, Vila Madalena, Chácara Santo Antonio, Pinheiros, Vila Olímpia  e na avenida Paulista, com uma luz verde interna indicando que ele está dentro da zona demarcada. O carro pode ficar parado em qualquer área de Zona Azul e está fora do rodízio semanal.

 

Carro estacionado e chaves no porta-luvas, ao cliente resta finalizar a corrida no aplicativo, travando novamente o carro.

 

Para Romano esse sistema de zonas para deixar o carro é um dos diferenciais do seu projeto: “Outras empresas oferecem serviços parecidos, mas você não pode deixar em qualquer lugar, tem que pegar no ponto A e devolver no mesmo ponto A, enquanto o nosso sistema permite que o usuário deixe o carro na rua, em diversos bairros”.

 

A empresa também acredita que o Brasil tenha capacidade para receber 20 mil carros elétricos em muito pouco tempo e espera que novos concorrentes apareçam no mercado: “Novos concorrentes nos ajudarão a crescer, mostrando ao público a vantagem de sair de casa e usar todo tipo de transporte disponível, deixando o carro em casa. Para cada carro compartilhando circulando nós acreditamos que seja possível tirar das ruas de treze a quinze veículos”.

 

O LDS Group, responsável pela criação da Urbano Car Sharing, está no mercado há mais de dez anos, oferecendo serviços de locação de veículos de luxo, com e sem motorista, para consulados, embaixadas e traslado de músicos e de pilotos da Fórmula 1.