AutoData - Caxias do Sul começa a superar a crise
Evento
21/08/2018

Caxias do Sul começa a superar a crise

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Foto Jornalista  André Barros

André Barros

Caxias do Sul, RS – Os fabricantes de produtos ligados ao setor automotivo de Caxias do Sul, RS, começaram a enxergar a crise no espelho retrovisor. No painel dedicado à indústria local durante o Fórum AutoData Veículos Comerciais, realizado na segunda-feira, 20, as conversas tiveram tom otimista.

 

Na Empresas Randon, por exemplo, o ritmo das linhas que produzem implementos rodoviários e autopeças foi 50% superior ao do ano passado, segundo Eduardo Dalla Nora, diretor de negócios internacionais: “O crescimento é maior em implementos do que em autopeças. De toda forma está muito além do que esperávamos”.

 

O plano de internacionalização tocado pela Marcopolo ajudou a empresa a durante a crise no mercado doméstico. Nos últimos anos a produção de carrocerias de ônibus para o Exterior cresceu, começando pelos vizinhos sul-americanos.

 

“A exportação foi a saída para a Marcopolo se manter lucrativa”, disse Rodrigo Pikussa, seu diretor do negócio Ônibus. “Ganhamos contratos grandes e importantes e o nosso objetivo, mesmo com a retomada das vendas internas, é seguir ou até crescer mais as exportações.”

 

A Eaton, que em sua unidade caxiense tem produção mais dedicada ao segmento de máquinas agrícolas e rodoviárias, pressentiu um ano mais difícil no setor e antecipou medidas para manter a fábrica local ocupada. Seu diretor industrial, Luciano Beltrame, contou: “Nós nos preparamos para atender à demanda de outras fábricas do grupo no Brasil e no Exterior, garantindo volumes complementares aqui em Caxias”.

 

Paulo Webber, da Plásticos Pisani, relatou que a fabricante de peças plásticas entrou em um projeto na Scania, em São Bernardo do Campo, SP, durante a crise, o que garantiu a produção na fábrica: “Atendemos tão bem a esse pedido que garantimos o fornecimento também para a nova geração de cabines da empresa, que será lançada em fevereiro”.

 

Mas a crise pegou a Pisani em outros mercados, segundo ele: “Fornecemos também embalagens de diversos produtos. E o consumo de cerveja do brasileiro caiu, pois nossas vendas de caixas plásticas para cervejas ficou menor”.

 

Foto: Julio Soares.