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Máquinas e Equipamentos
07/06/2019

Setor de máquinas aguarda reformas para voltar a crescer

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Foto Jornalista  Caio Bednarski

Caio Bednarski

São Paulo – A aprovação da reforma da Previdência é importante para que o setor de máquinas rodoviárias e de construção retome os níveis de vendas pré-crise. A opinião é dos participantes do Seminário Desafio e Oportunidades para o Setor de Máquinas, organizado pela Abimaq, Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos na sexta-feira, 7, em sua sede em São Paulo, SP.

 

Para o presidente da Abimaq, a aprovação pelo Congresso permitirá que a economia brasileira cresça em ritmo mais acelerado:  “A aprovação da reforma da Previdência trará previsibilidade e fôlego para a economia nacional. Com isso acredito que os investimentos privados voltarão, assim como os investimentos públicos em infraestrutura e em outras áreas, o que refletirá em uma maior demanda por máquinas”.

 

José Velloso, presidente executivo da associação, ressaltou outras dificuldades que o setor enfrenta, como a burocracia e o Custo Brasil embutido nas áreas de produção e logística, considerados os principais entraves da indústria:

 

“Também precisamos da reforma tributária para sermos mais competitivos no Exterior. O Brasil é o único país no mundo que exporta impostos e isso dificulta nossos negócios, que poderiam ser muito maiores em outros mercados”.

 

Atualmente, 40% do faturamento da indústria nacional de máquinas rodoviárias vêm das exportações para mais de quarenta países, mesmo com todas as dificuldades citadas por Velloso. Melhorando a competitividade, esse índice poderia ser maior – o que ajudaria a reduzir a ociosidade das fábricas, que têm capacidade para produzir 60 mil unidades ao ano, mas fabricaram em torno de 22 mil unidades em 2018.

 

Embora apostem suas fichas nas reformas anunciadas pelo governo, os executivos não estão parados aguardando novidades: trabalham em parceria com outras áreas da administração federal para apresentar soluções.

 

“Fizemos três documentos, um que mostra qual seria o cenário ideal de competitividade, outro que identifica os dezessete principais fatores que dificultam a competitividade e, um terceiro, que mostra os dez principais gargalos causados pelo custo Brasil de produção”.

 

Caso as reformas sejam aprovadas novos negócios devem surgir em áreas como construção, infraestrutura nacional como novas estradas e portos, manutenção das estradas atuais e exploração de petróleo e gás.

 

Os reflexos da possível aprovação, porém, só começarão a aparecer em 2020. Para 2019 a projeção da Abimaq é de alta de 10% nas vendas, ante as 13,3 mil unidades comercializadas no ano passado. Para a produção, expansão de 7% sobre as 22 mil unidades produzidas em 2018.

 

Foto: Divulgação.