São Paulo – A OICA, a associação mundial dos fabricantes de veículos, elegeu novo presidente da entidade em novembro: Fu Bingfeng, vice-presidente da associação das fabricantes chinesas, a CAAM, sucederá a Christian Peugeot, presidente da associação de veículos da França, a partir de 2020. O anúncio foi feito em assembleia realizada em Mumbai, na Índia, onde também esteve Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Segundo ele, além de apresentar o grupo que estará à frente da organização mundial no ano que vem, as entidades setoriais aproveitaram a oportunidade para apresentarem os números referentes aos mercados que representam e, principalmente, projeções para 2020.
“O mercado mundial de veículos está caindo. No evento mundial também se discutiu tendências para o ano que vem e as projeções apresentadas por representantes de grandes mercados como China, Estados Unidos e Europa, são preocupantes”, disse o presidente da Anfavea sem citar, no entanto, qualquer porcentual de queda nos volumes apresentado durante o encontro global das associações.
De acordo com dados da OICA, foram vendidos no mundo, em 2018, 95,6 milhões de veículos, volume que representou levíssima alta de 0,2% antes os volumes vendidos no planeta ao longo de 2017.
Ainda que o levantamento de 2019 não tenha sido divulgado pela entidade, é possível considerar possibilidade de retração no comparativo das vendas realizadas no 2019-2018 quando consideradas as quedas observadas nos balanços de algumas companhias, como é o caso de Grupo Volkswagen, Grupo Renault e Grupo PSA, por exemplo.
O maior mercado de veículos do mundo, o da China, apresentou no primeiro semestre retração de 12,5% nas vendas. A retração no mercado chinês acabou refletindo nos balanços globais das montadoras.
Moraes também contou que no evento mundial da OICA foram debatidas tendências para o setor nos próximos anos. O tema mais comentado foi o da segurança de dados gerados por veículos conectados. Há preocupação a respeito de como montadoras lidarão com esse alto volume de informações:
“A agenda tocou em temas alinhados aos discutidos no Brasil, basicamente a adoção de novas tecnologias. Já estamos discutindo na Anfavea, e também foi discutida lá a lei de proteção de dados, como isso afeta o nosso setor, etc. Os veículos estão gerando muitos dados e se discute como tratá-los em termos de domínio, armazenamento e segurança”.
O presidente da entidade afirmou, ainda, que a Anfavea trata do assunto internamente em comissão específica criada para o tema.
Foto: Divulgação.
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