São Paulo – A transportadora Transcota, de Contagem, MG, planeja adotar vans elétricas e tecnologias inovadoras, como entregas autônomas por meio de drones, em suas operações. O primeiro passo já foi dado: uma van elétrica BYD circula no Pará em testes para avaliar os custos e benefícios da novidade.
Segundo o CEO Felipe Cota o investimento no veículo foi de R$ 300 mil. “Os testes determinarão o que faremos na nossa frota de vans no futuro. Se for viável substituir em grande escala, poderemos trocar as oitenta unidades da nossa frota atual”.
A van da BYD tem cerca de 300 quilômetros de autonomia, suficiente para as rotas diárias destes veículos, nas contas do executivo. Mas o maior interesse de Cota é a colaboração com o meio ambiente, um dos pilares que a Transcota tem trabalhado nos últimos anos, com a construção de uma unidade 100% sustentável no Pará. O passo seguinte seria avançar na sustentabilidade da frota.
A Transcota opera com vans, também, em São Paulo e Minas Gerais. Na matriz a empresa iniciará testes de um novo modelo de operação, esse até um pouco mais ousado: o projeto piloto de entregas com drone, quase autônomo, deverá sair do papel em breve:
"O trabalho do drone será controlado por um operador, mas o equipamento faz tudo sozinho, é só definir a rota. O projeto está em fase de regulamentação na Anac e, inicialmente, será usado para entregas e coletas de produtos leves e com baixo valor agregado, reduzindo os riscos caso algo fora do planejado aconteça".
No primeiro quadrimestre do ano a Transcota registrou alta de 15% na receita com relação aos quatro primeiros meses de 2019. No período fez compras pontuais de veículos para renovação de frota – algumas picapes e dois caminhões, segundo Cota. A expansão no período foi conquistada graças à ação de vendas criada para enfrentar a pandemia da covid-19, chamada de Plano de Guerra. Antes do mercado começar a sentir os impactos, o executivo e sua equipe passavam dias e dias em uma sala pensando na estratégia durante a crise:
"Buscamos captar novos clientes que teriam demanda crescente, como a distribuição de alimentos, álcool gel e transporte de testes para covid-19. Até agora isso deu certo, mas também fizemos um trabalho de redução de custos forte que será adotado para o futuro".
O segmento de mineração também foi considerando importante porque não parou de trabalhar e garantiu parte da receita da transportadora. Até o final do ano Cota projeta crescimento de 20% na comparação com 2019.
Fotos: Divulgação/Pedro Lapi.
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