AutoData - Lucro da Randon cai 90% no trimestre
Balanço
04/06/2020

Lucro da Randon cai 90% no trimestre

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Foto Jornalista Roberto Hunoff

Roberto Hunoff

Caxias do Sul, RS – Mesmo com a parada não programada da produção nos últimos dez dias de março em razão da pandemia da Covid-19, a Empresas Randon fechou o primeiro trimestre com resultados melhores do que os apurados no mesmo período do ano passado. A receita líquida consolidada avançou 3%, para R$ 1,2 bilhão, e a bruta, 2,3%, para R$ 1,7 bilhão. O balanço financeiro divulgado na quinta-feira, 4, revela Ebitda consolidado de R$ 107 milhões e ajustado de R$ 150 milhões, com recuos de 20% e 2%.

 

O lucro líquido do trimestre, de R$ 3 milhões, foi 90% inferior ao do primeiro trimestre de 2019. De acordo com o relatório da empresa, eventos não recorrentes e baixas nos impostos diferidos impactaram negativamente o resultado líquido do trimestre em R$ 50,4 milhões.

 

Na composição da receita bruta, o mercado doméstico respondeu por 91%, com R$ 1,5 bilhão, em alta de 3,1%. As receitas externas, resultado da soma das exportações e das operações fora do País, somaram US$ 53,4 milhões, em baixa de 23,6%. As exportações, isoladamente, recuaram 43%, para US$ 17 milhões. Em reais, somaram R$ 145,9 milhões, declínio de 4,6%.

 

No primeiro trimestre, o grupo aplicou R$ 90,1 milhões, dos quais R$ 29,6 milhões em aportes orgânicos e R$ 60,5 milhões em integralização de capital no Banco Randon e na Randon Ventures, empresa de investimento em startups. Com esta, o grupo pretende ampliar as práticas em inovação, focando em novas tecnologias que tenham conexão com os negócios da companhia nos segmentos de logística, serviços financeiros, seguros e mobilidade.

 

A diretoria do conglomerado aponta duas principais motivações para os resultados positivos. A manutenção de uma posição robusta de caixa e, adicionalmente, a intensificação de esforços em ações para preservação das finanças, como a revisão do planejamento orçamentário para o ano. Outra característica citada por Paulo Prignolato, CFO do grupo, é a diversificação dos negócios, considerando os produtos oferecidos, o portfólio de clientes e os setores atendidos.

 

“Isto permite o aproveitamento de oportunidades em mercados mais favoráveis, como é o caso do agronegócio, que representa mais de 70% da carteira de pedidos da divisão montadora”.

 

Embora sob o aspecto financeiro a covid-19 tenha registrado baixo impacto para a empresa no primeiro trimestre de 2020, um novo cenário social e econômico já se apresenta.

 

“Temos dois focos primordiais: a preservação da saúde dos colaboradores e da população e a sustentabilidade da economia local e global”, argumenta o CEO Daniel Randon. “Nesse sentido, contamos com um comitê que acompanha o cenário da pandemia no Brasil e no mundo para que a tomada de decisão seja efetiva e ágil. Também estamos conseguindo acelerar importantes mudanças na organização, como transformação digital, ganhos de eficiência e sinergia nos processos, buscando, inclusive, o crescimento de novas frentes de negócios”.

 

Desde o início da pandemia a companhia tem adotado diversas medidas para proteger a saúde dos colaboradores e familiares, assegurar a continuidade das operações e contribuir com o funcionamento da economia local e global. Também está engajada em apoiar a comunidade. Já doou equipamentos de proteção individuais para rede hospitalar de Caxias do Sul, RS, e insumos para produção de respiradores e álcool em gel, firmou parceria na fabricação de máscaras de proteção facial, destinadas aos profissionais de saúde e segurança, distribuiu 50 mil frascos de álcool em gel para caminhoneiros em estradas do Brasil e repassou recursos para a compra de respiradores.

 

Foto: Divulgação.