São Paulo — A General Motors entregou ao sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos na quarta-feira, 12, proposta de prorrogação do lay-off que ainda está em vigência na fábrica instalada no município paulista e a abertura de PDV na unidade. Os termos serão submetidos à votação dos trabalhadores. A entidade espera um resultado até a próxima semana.
A montadora vem estudando formas de ajustar seu parque produtivo no País de acordo com a demanda pós-covid, que derrubou as projeções para o ano dos principais indicadores, produção, licenciamentos e exportações. A GM reconhece que há quadro excedente em suas linhas e analisaria no segundo semestre o tamanho real do mercado para saber a dimensão do ajuste.
Por meio de nota, a empresa informou que "vem utilizando mecanismos como redução de custos, postergação de investimentos, banco de horas, férias coletivas, redução de jornada com redução salarial e lay-off" e que as as especificidades de cada operação "estão sendo tratadas com os respectivos sindicatos".
Se a proposta da GM for aprovada, informou o sindicato, o PDV será aberto aos trabalhadores de todas as áreas. Os benefícios a serem oferecidos no pacote incluem salários adicionais, extensão do convênio médico e uma unidade do Chevrolet Onix Joy Black.
O lay-off atual teria vigência até 12 de setembro, mas a montadora pretende ampliar o prazo até novembro, segundo a proposta apresentada ao sindicato. Se após esse período o mercado automotivo não reagir, haveria a prorrogação do lay-off por mais cinco meses. Neste caso, a GM arcaria com a íntegra do salário líquido, que hoje é garantido, em parte, pelo Governo Federal.
A GM anunciou também que na quinta-feira, 13, 360 trabalhadores que estavam em lay-off desde abril retornarão à fábrica.
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