São Paulo – A Osram, fornecedora de lâmpadas e de sistemas de iluminação para veículos, enxerga o início de uma recuperação que, na análise de seu CEO, Ricardo Leptich, será em V no segmento da reposição automotiva. Graças ao bom desempenho nas vendas para o aftermarket a empresa deverá fechar o ano fiscal, em setembro, com empate ou até uma pequena expansão com relação ao ano anterior.
“Em julho crescemos dois dígitos na comparação com 2019 e no último dia 20 superamos o faturamento de agosto do ano passado”, disse o executivo à Agência AutoData, projetando nova alta para setembro. “É necessário lembrar que a base comparativa é relevante, pois nesse mesmo período, em 2019, registramos bons volumes de vendas.”
Os negócios com a reposição compõem 75% das receitas da empresa. Segundo Leptich não foi preciso demitir ou reduzir salário de ninguém: ele credita esse bom desempenho à estratégia de importação da Osram, que busca produtos na Europa e nos Estados Unidos, mercados em que a produção não parou por causa da pandemia, ao contrário da China.
A Osram também fornece peças para o segmento original, cujo cenário, segundo o CEO, é o oposto: a expectativa é de retração de pelo menos 20%, por causa da produção afetada em abril, maio e até parte de junho por causa da pandemia: "Não será possível recuperar esse volume perdido no segundo semestre, mesmo com o início da retomada. Que deverá ser bem mais lenta do que na reposição".
Em 2021 a Osram acredita que o segmento OEM crescerá, recuperando parte das perdas deste 2020, mas ainda distante dos números registrados em 2019. Leptich lembrou que a base comparativa será baixa e, por isso, os números de crescimento da empresa ficarão em torno de 30%, enquanto a expansão do segmento será parecida.
Para ajudar no crescimento de seus negócios com as montadoras a partir do ano que vem a empresa está participando de uma série de concorrências para ser fornecedora em novos projetos Fiat, Ford, GM, Honda, Jeep, Nissan, Renault e Toyota.
Já a reposição deverá seguir com sua demanda aquecida: a empresa projeta alta de 5% a 8% no ano que vem.
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