São Paulo — A Randon inaugurou na terça-feira, 20, a Arena Conexo, espaço de cerca de 4 mil m2 em Caxias do Sul, RS, que servirá para sua aproximação do universo da startups, algo que vem ganhando espaço no terreno automotivo, e também para o desenvolvimento de projetos que eventualmente surgirem desse relacionamento. Observa-se movimentos semelhantes das fabricantes de automóveis e, também, nas de caminhões, este um mundo mais próximos das demandas por implementos atendidas pela Randon.
No caso da Randon a aproximação com as pequenas empresas de tecnologia tem o mesmo objetivo das OEMs: acelerar sua inserção em um universo no qual, talvez, sozinha, demoraria mais tempo para chegar. Algo estratégico para uma empresa que atua em segmento que sofreu com quedas de volume e falências nos últimos anos.
Quem sobreviveu, como é o caso da Randon, tratou de cortar negócios com pouca rentabilidade e apostar em outros com potencial relevante de receita, afora, claro, a costura de parcerias com startups que podem gerar novos produtos, novos serviços e, talvez, o principal: novas formas de enxergar um mercado que passa por transformação em termos de transporte de cargas, com adoção de materiais inéditos aos implementos e novos sistemas de tração, por exemplo.
A Randon tem seguido a receita à risca. Para citar exemplo mais recente seu conselho administrativo aprovou, em setembro, a compra da Nakata pela Fras-le, uma das subsidiárias da Empresas Randon. Em outubro anunciou aos seus acionistas o interesse em vender parte dos ativos da Randon Veículos, unidade de negócio fabricante de veículos fora de estrada.
Agora chegou a vez da inauguração de uma área dedicada ao fomento de projetos na área de tecnologia, maneira mais simplificada de compreender o termo ecossistema que é amplamente empregado nesses casos, para dizer que a empresa deseja estar próxima de universidades, startups e outras comunidades da área tecnológica. A empresa também investe em startups por meio da Randon Ventures.
O presidente Daniel Randon, durante evento transmitido via internet e que teve a participação, também por meio remoto e digital, de Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, disse ter a certeza "de que hoje nasce uma nova forma de fazer negócios e enxergar futuros, de uma maneira inteligente, colaborativa e sustentável" .
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