São Paulo — A produção de motocicletas das empresas associadas à Abraciclo atingiu 962 mil unidades no ano passado, recuo de 13,2% quando comparada ao resultado de 2019. Os dados, divulgados pela entidade na quarta-feira, 27, foram afetados pela pandemia da covid-19, que paralisou as fábricas em abril e maio. O presidente Marcos Fermanian ponderou que "se a produção tivesse operado normalmente ao longo de 2020 o nosso resultado seria, pelo menos, igual ao de 2019".
O varejo registrou 915,1 mil motocicletas comercializadas, recuo de 15% ante 2019, acompanhando a tendência de retração da produção que não conseguiu atender à demanda dos consumidores brasileiros, de acordo com a entidade.
Fermanian disse que o mercado está aquecido e a maior procura por motocicletas é puxada pelo baixo custo de aquisição e de manutenção e, também pela economia de combustível. Junto com esses fatores veio o aquecimento dos serviços de delivery durante a pandemia.
As exportações, que sofreram forte recuo em 2019, continuaram em queda durante 2020 e, na retração medida em dezembro chegou a 12,6%, com 33,7 mil unidades embarcadas.
A Argentina, que representava 70% do mercado externo, começou a consumir menos motocicletas desde 2019 e, em 2020, representou apenas 35% dos embarques por causa da pandemia que agravou o cenário econômico do país. Estados Unidos e Colômbia foram mercados que mantiveram o seu volume de pedidos e ajudaram as exportações nacionais.
Foto: Divugação.