São Paulo — As empresas fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus, AM, produziram 58 mil unidades em fevereiro, volume 38,6% menor do que o registrado em igual mês de 2020, de acordo com dados divulgados pela Abraciclo, na quinta-feira, 11. Na comparação com janeiro houve crescimento de 8,2%, mas naquele mês a produção caiu pela metade.
No primeiro bimestre foram produzidas 111,6 mil motocicletas, retração de 42,7% com relação ao dois primeiros meses de 2020.
Marcos Fermanian, presidente da entidade, disse que os números da indústria nesse começo de ano ainda refletem o agravamento da crise sanitária em Manaus, causada pela pandemia da covid-19, que fez com que as fábricas readequassem seus turnos de trabalho para atender ao toque de recolher adotado pelo governo estadual:
"Essas medidas impediram que as fábricas mantivessem a curva crescente de produção registrada nos últimos meses de 2020. Acreditamos que com produção plena a partir de março conseguiremos recuperar parte dos volumes e, com isso, ter condições de reduzir a fila de espera por motocicletas, que hoje é de cerca de 150 mil unidades".
Com a falta de motocicletas no mercado as vendas, em fevereiro, somaram 57,4 mil unidades, volume 28,1% menor ante igual período de 2020, Com relação a janeiro a queda foi ainda maior: 33,1%. Segundo Fermanian, o impacto sofrido na produção afeta toda a cadeia que sofre para atender a demanda reprimida do mercado.
No acumulado do ano os emplacamentos somaram 143,1 mil unidades, queda de 16,5% com relação ao primeiro bimestre do ano passado.
Do mundo exportador vem a notícia boa para o setor, que viu o volume embarcado aumentar 22,2% na comparação com fevereiro do ano passado. A notícia ruim é que com relação a janeiro houve queda de 25,1%.
No bimestre houve aumento de 66,8% nas exportações, 6,8 mil motocicletas enviadas para Estados Unidos, Argentina e Colômbia, principalmente.
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