São Paulo — A produção de motocicletas das fabricantes instaladas em Manaus, AM, somou 53 mil unidades em janeiro, volume 46,5% menor do que o registrado no mesmo mês do ano passado, de acordo com a Abraciclo, entidade que representa o setor de dua rodas. O presidente Marcos Fermanian antecipara, no fim do mês passado, que a expectativa era produção em torno de 50 mil unidades:
"A cadeia produtiva foi fortemente afetava pela segunda onda do coronavírus em Manaus, o que levou o governo local a impor uma série de restrições de circulação e o toque de recolher. Esse cenário restringiu a produção para apenas um turno e algumas empresas paralisaram as linhas por falta de insumos".
Essa queda não afeta a projeção para o ano, que é de 1 milhão 60 mil motocicletas produzidas. Porém, no curto prazo, existe impacto no mercado: não será possível reduzir a fila de espera por motocicletas e a distância da oferta e da demanda, que hoje está em torno de 150 mil unidades.
Fermanian espera que a imunização em massa aconteça o mais rápido possível para que a indústria volte a operar com fôlego, recuperando as perdas dos últimos meses e conseguindo, finalmente, reduzir a espera e a falta de motocicletas no mercado.
Em janeiro as vendas recuaram 6,4% ante igual período de 2020, somando 85,8 mil unidades. Em vinte dias úteis a média diária foi de 4 mil 290 unidades, o melhor volume por dia desde janeiro de 2015 e 3% acima do mesmo mês do ano passado.
As exportações no primeiro mês do ano somaram 3,9 mil unidades, alta de 130% na comparação com janeiro de 2020. A Argentina foi o principal destino dessas unidades, representando 42% do total, seguido por Estados Unidos, 29,7% e Austrália, 14,3%.
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