São Paulo — A receita líquida do setor de máquinas e equipamentos registrou alta de 18% em fevereiro na comparação com o resultado registrado no mesmo mês do ano passado, apontou balanço da Abimaq divulgado na quarta-feira, 31. Entrou no caixa das empresas, no período, R$ 13,8 bilhões. Segundo José Velloso, presidente da entidade, puxaram os negócios as vendas para setores como o de conformação de plásticos e de metais.
O setor automotivo, por sua vez, representou menos, no período, no mix das fabricantes de máquinas. "O setor automotivo vem andando de lado há tempos", disse o presidente em transmissão online. "É um setor muito importante porque vendemos máquinas para toda a cadeia. O ritmo no caso do setor automotivo, hoje, é menor, mas a perda com ele acaba sendo compensada pelos ganhos em outros setores."
Na comparação com a receita registrada em janeiro a alta do indicador foi 6,3% maior em fevereiro. A receita líquida gerada pelos negócios fechados no País chegou a R$ 10,6 bilhões, alta de 35,6% ante fevereiro do ano passado e mais 6,2% na comparação com a gerada em janeiro.
A receita líquida com as exportações somou R$ 599,5 milhões em fevereiro, queda de 20% ante a de fevereiro de 2020. Na comparação com a receita de janeiro houve alta de 9,8%. O principal destino das máquinas produzidas aqui foram países da América Latina, Estados Unidos e Europa, nesta ordem, em termos de volume embarcado.
A importação de máquinas recuou no período, reflexo direto da forte desvalorização do real frente ao dólar. Em termos de valores as importações caíram 41,8% na comparação com o resultado de fevereiro de 2020, e caiu 9% ante janeiro. A maior parte das importações, 29,7%, foi feita da China.
De acordo com os dados da Abimaq, que apontaram para maior demanda no mercado interno em fevereiro, cresceu o nível de utilização da capacidade instalada no mês, chegando a 75% — o patamar é o mesmo observado de 2012 a 2014. De 2015 a 2018 o nível caiu para 65%.
A volta aos 75%, disse Velloso, é positiva considerando a paralisação das fábricas ocorrida no primeiro semestre de 2020. Após queda brusca do nível em maio nos meses seguintes o setor voltou a operar no patamar acima da casa dos 70%.
O nível do emprego no setor cresceu 10,6% em fevereiro na comparação com fevereiro do ano passado. Até o fim daquele mês o setor empregava 337,7 mil funcionários.
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