São Paulo – A Unidas registrou crescimento da sua receita líquida com a venda de veículos seminovos no primeiro trimestre. De acordo com balanço divulgado na quinta-feira, 29, a unidade de negócio injetou no caixa da companhia R$ 908,3 milhões no período, 48% a mais do que em igual período no ano passado.
O resultado reverteu o prejuízo que a companhia registrou no desempenho comercial do primeiro trimestre de 2020. Desta vez houve lucro de R$ 128,4 milhões em função de uma maior demanda por veículos seminovos no mercado, disse o CEO Luis Fernando Porto em teleconferência realizada na sexta-feira, 30.
A empresa reconhece a base de comparação baixa em função do início da pandemia no ano passado, mas reconhece como positivo uma vez que há sinais de retomada, segundo o executivo: "Nesta segunda onda não há o impacto na mobilidade como houve naquele primeiro momento no País".
A empresa vendeu até março 16,4 mil veículo seminovos, resultado que representou alta de 1,3% ante o volume vendido em igual período no ano passado. O volume comprado, por outro lado, caiu 26%, somando 21,5 mil unidades dentre aquelas adquiridas pela rede própria e pelos seus franqueados.
“O ritmo das compras caiu porque há questões estruturais envolvendo as montadoras, com municípios em lockdown, restrição de transporte, dentre outros fatores. De qualquer forma as montadoras estão realizando entregas mensais com frequência e segundo o acordado, ainda que sejam pedidos feitos lá atrás”.
A empresa conseguiu aumentar a receita na unidade de negócio apesar do menor volume vendido em função do aumento dos preços dos veículos no trimestre. O tíquete médio praticado no trimestre foi de R$ 55,1 mil, valor 47,5% maior do que aquele observado no primeiro trimestre do ano passado.
"A demanda cresceu, a oferta diminuiu e houve reajustes de preços das montadoras, um cenário que nos levou a reajustar a tabela de preços da nossa oferta de seminovos".
A receita com a locação de veículos, na unidade Rent a Car, aumentou 4,7% no primeiro trimestre, somando R$ 303,3 milhões. O número de diárias contratadas no período cresceu 3%, chegando a 4,6 mil. Assim a taxa de ocupação da frota cresceu 3,5 pontos porcentuais, com 73,1%. A modalidade de negócio gerou lucro de 132,8 milhões no trimestre.
A Receita de terceirização de frotas cresceu 35,2% no trimestre, atingindo R$ 395,3 milhões. O número de diárias saltou 16%, chegando a 7,4 mil contratações. A taxa de utilização média da frota desta unidade de negócio caiu 0,39 pontos porcentuais, com 97,4%.
No primeiro trimestre a receita líquida consolidada foi de R$ 1,6 bilhão, alta de 33%. O lucro bruto no período foi de R$ 593 milhões, alta de 88%.
Foto: Divulgação.