São Paulo – A média diária de licenciamentos que vinha crescente, mês a mês, sofreu revés em junho, quando caiu 3,3% na comparação com maio. Segundo dados preliminares do Renavam foram emplacados 182,5 mil automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no mês passado, uma média de 8,7 mil em cada um dos seus 21 dias úteis.
A queda, porém, é com relação ao melhor mês em emplacamentos médios diários do ano, com quase 9 mil unidades/dia. Em cenário de falta de carros na rede, devido à crise do fornecimento de peças, em especial semicondutores, parece ser o teto da oferta da indústria neste 2021, em que pesem os relatos de que há mais demanda no varejo.
Março foi o melhor mês do ano, com 189,4 mil emplacamentos. Em maio foram 188,7 mil unidades comercializadas e, no mês passado, 182,5 mil. Desde março a indústria convive com paradas, em alguns casos em determinadas linhas, em outros de turno ou fábrica. A General Motors de Gravataí, RS, que produz o carro que era o mais vendido do mercado nacional antes da crise, não monta Onix ou Onix Plus em suas linhas desde abril. E a expectativa de retorno é para meados de agosto.
Na comparação do volume vendido em junho, 182,5 mil unidades, com junho do ano passado, 132,8 mil emplacamentos, o crescimento foi de 37,4%. Em junho de 2020 as atividades, interrompidas desde março por causa da pandemia, retornaram com mais força, incluindo reabertura do comércio.
Os brasileiros consumiram 1 milhão 74 mil veículos no primeiro semestre, aumento de 32,8% sobre os primeiros seis meses de 2020, período também afetado pela pandemia da covid-19. O volume foi 17,8% inferior ao primeiro semestre de 2019.
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