São Paulo – A Citroën apresentou na quinta-feira, 16, com honras de produto global, o novo C3 que será produzido em Porto Real, RJ, a partir do ano que vem. É o primeiro dos três modelos que compõem o projeto C-Cubed, que busca ampliar a internacionalização da marca até 2024: a ideia é que quatro a cada dez Citroën vendidos no mundo o sejam para consumidores de fora da Europa.
O C3 é parecido com o modelo apresentado aos indianos, mas, segundo a companhia, tem suas diferenças para cair no gosto dos sul-americanos. Seu desenvolvimento também contou com auxílio de equipes de engenharia e design da Stellantis América Latina, e será exportado para diversos mercados da região.
Para começar o hatch do segmento B, como é posicionado o C3, tem cara e jeitão de SUV. Foi intencional, como explicou na apresentação global, transmitida pela internet, a diretora de produto e estratégia Laurence Hansen: “Tem aspectos de SUV com preço de hatch. Os SUVs são muito populares na América do Sul e colocamos no C3 uma posição mais alta sobre o solo, com reforço na parte inferior, dando a robustez de um utilitário esportivo”.
Nas fotos e vídeos divulgados pela Citroën – não foi possível conferir o modelo presencialmente – identifica-se, também, a posição do motorista mais elevada. Resposta ao cliente sul-americano, que pediu isso nas pesquisas, de acordo com Vanessa Castanho, responsável pela Citroën na região.
Com o C3 e os outros dois modelos do C-Cubed a empresa pretende ampliar sua participação no mercado local, que já vem melhorando em 2021. Em oito meses a Citroën vendeu mais veículos do que em todo o ano passado, somando 13,8 mil unidades e obtendo 1% do mercado de automóveis e comerciais leves.
Castanho creditou parte deste desempenho ao bom desempenho do C4 Cactus no mercado. "O C4 Cactus pode mais, ainda temos pouca participação. Reforçamos investimento em mídia, reorganizamos a gama do modelo e temos uma rede alinhada e animada, tanto com o Cactus como com C3 que está para chegar”.
Atualmente a rede conta com 123 pontos de vendas, que serão ampliados para 180 até o lançamento do C3, no primeiro trimestre de 2022. Com elas 80% do território nacional será coberto, garantiu a responsável pela Citroën na região.
A ideia é começar a exportar o modelo a partir do seu lançamento no Brasil, mas os planos podem ser adiados pela situação de crise dos semicondutores: está na dependência de haver componentes eletrônicos suficientes para o volume de produção necessário para abastecer mercado interno e exportações.
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