Redução do IPI e mês mais longo são fatores que deverão impulsionar os emplacamentos
São Paulo — A Anfavea projeta já para março uma melhora no desempenho do mercado doméstico, que registrou queda de 24,4% no primeiro bimestre, com 256 mil veículos comercializados. O presidente Luiz Carlos Moraes justifica que, por ser um mês mais longo e sem feriados, março já é historicamente mais aquecido do que janeiro e fevereiro. E o reflexo da redução do IPI, anunciada pelo governo federal, pode ajudar a movimentar as concessionárias.
A decisão do governo de reduzir em 18,5% o IPI dos veículos leves foi elogiada por Moraes, assim como qualquer outra proposta que venha a aliviar a pesada carga tributária sobre a indústria: “A redução do custo Brasil, embora ainda tímida, é benéfica não só para o setor industrial, mas também para a geração de empregos, para os consumidores e para a sociedade como um todo”.
Em fevereiro o setor apresentou média diária de vendas de 6,5 mil unidades, em dezenove dias úteis, contra 6 mil/dia unidades registradas em janeiro, que contou com dois dias úteis a mais. Moraes disse que nos primeiros dias de março esse ritmo já aumentou para 8 mil/dia.
O setor somou 129,3 mil unidades comercializadas em fevereiro, crescimento de 2,2% sobre janeiro, mas na comparação com igual período do ano passado houve recuo de 22,8%: “As notícias que o IPI automotivo estava prestes a ser reduzido fizeram com que muitos clientes adiassem a concretização do negócio”.
O resultado até fevereiro foi considerando um pouco abaixo do esperado, mas em linha com as expectativas da entidade, que esperava um primeiro semestre mais complicado. “Encaramos alguns desafios no começo do ano, como a variante ômicron, férias coletivas maiores em janeiro e a falta de componentes”.