São Paulo — Lançado em fevereiro o novo Jeep Renegade trouxe mais fôlego para manter a disputa pelo posto de SUV mais vendido do País. A chegada do motor T270 1.3 turbo flex produzido em Betim, MG, de 185 cv de potência, resolveu os questionamentos sobre o desempenho do modelo, considerado um de seus ponto fraco quando equipado com o antigo motor 1.8.
De janeiro a abril o Renegade somou 15,3 mil unidades comercializadas, das quais 4,2 mil emplacadas no mês passado. No acumulado do quadrimestre o modelo aparece na quarta posição do ranking dos SUVs mais vendidos no Brasil e na décima-primeira do ranking geral. Em 2021 o Renegade encerrou o ano na primeira colocação do segmento, com 73,9 mil emplacamentos.
Este ano o Renegade vem sendo o segundo modelo mais vendido da Jeep, atrás do Compass, que somou 19 mil unidades comercializadas e também disputa a liderança dos SUVs. Os dois são os grandes responsáveis pela sexta colocação da marca no ranking das que mais venderam em 2022, com 8,1% de participação de mercado.
Para avançar no mercado com o Renegade a Jeep também aposta na competitividade da versão de entrada, a Sport. Para atrair clientes ela oferece câmbio automático de seis marchas e sistemas de auxílio à condução, como freio de emergência, auxiliar de mudança de faixas, sistema de leitura de placas e detector de fadigas.
AutoData rodou 220 quilômetros na versão S 4×4, a topo de linha, que também oferece os itens acima e agrega quadro de instrumentos digital, alerta de ponto cego, teto solar panorâmico, bancos em couro, câmbio automático de nove marchas, sistema multimídia com espelhamento e sistema de carregamento por indução para smartphones.
Internamente o veículo traz boa sensação, com uso de bons materiais no painel e na lateral das portas, sem abusar do tradicional plástico rígido. O espaço interno, assim como o porta-malas, não são os pontos fortes do modelo, mas ainda assim é possível viajar em quatro pessoas com conforto e bagagens.
A Jeep também se preocupou com alguns pormenores para deixar o Renegade com um acabamento diferenciado, caso do nome da marca junto com sua data de fundação no apoio de braço do motorista. Outro pormenor interessante é o desenho de pequeno jipe no canto direito do para-brisa.
O novo motor 1.3 turbo elevou para outro nível o desempenho do Renegade, que tem potência suficiente para realizar ultrapassagens em rodovias, por exemplo. Em ciclos urbanos o veículo ficou mais ágil o que agrada no uso diário.
O câmbio de nove marchas da versão S 4×4 também ajuda no consumo, principalmente em velocidades superiores, já que consegue passar da sexta marcha. Durante os 220 quilômetros rodados o consumo do veículo foi de 7,5 km/l, em ciclo misto, sempre abastecido com etanol.
A média de consumo ainda é um pouco alta, mas para um veículo desse porte, que ganhou muito em desempenho, o número apresentado fica dentro do esperado.