São Paulo – Os sucessivos aumentos do diesel, que de maio do ano passado a maio deste ano acumula alta média de 53,1%, não se refletiram na mesma velocidade no valor do frete. Ainda assim, segundo o IFPF, Índice Fretebras do Preço do Frete, no mesmo período o custo do transporte por quilômetro rodado por eixo atingiu alta recorde de 3,79%, a maior desde fevereiro de 2021, quando o indicador começou a ser divulgado.
O IFPF considera a análise de 4 milhões de fretes publicados na Fretebras, plataforma de transporte rodoviário de cargas, até maio de 2022, e o compara com o preço do diesel na bomba, de acordo com valores da ANP.
Diante de novo reajuste no combustível, de 14,2%, anunciado em 17 de junho, a Fretebras alertou que caminhoneiros autônomos deverão intensificar negociações dos fretes e que não descartam paralisação em três meses caso o cenário não mude.
Pesquisa realizada pela plataforma na mesma data do último aumento apontou que, de 1,3 mil caminhoneiros participantes, 54,9% se sentem motivados a aderir à greve. E 44,8% disseram que consideram deixar a profissão em breve.
Para reforçar a disparidade dos reajustes de abril para maio deste ano o frete subiu 0,98% e o diesel 3,67%. E o reflexo do cenário de alta causa impacto no bolso do consumidor, que paga mais caro pelos produtos.