São Paulo – O Novo Citroën C3 chegará ao mercado nas próximas semanas com índice de nacionalização maior do que o inicialmente previsto. Essa foi uma das alterações que a Stellantis promoveu no projeto original, que era do Grupo PSA, após a fusão: cerca de 50% das peças seriam importadas por razões industriais e de escala, segundo contou Antonio Filosa, presidente da Stellantis na América do Sul, 4º Congresso Latino-Americano de Negócios da Indústria Automotiva, realizado de forma online de 15 a 19 de agosto pela AutoData Editora.
O projeto inicial previa complementação das peças produzidas no Brasil com componentes importados, sobretudo da Índia.
“Mudamos totalmente a equação. Seja por plano de nacionalização, seja porque temos uma escala superior, é outra sinergia. Estamos trazendo muitos desses componentes para produção local, o que é bom para o produto, que ganha em competitividade logística e fiscal. É bom para os fornecedores, que produzem em maior escala, e também é bom para o País, pois cada vez que agregamos mais PIB industrial ele acaba se desenvolvendo socialmente e as condições de segurança e educação melhoram”.
Outro exemplo de sinergia das antigas FCA e PSA após a criação da Stellantis, citou Filosa, foi o lançamento do Peugeot 208 com motores aspirados 1.0 da Fiat: “Este modelo é uma das forças de crescimento da marca, que é a que mais avança hoje no Brasil”.
O executivo assinalou que este será um caminho construído ano a ano, o que demonstra que as estruturas da Stellantis no Brasil ainda têm espaço para serem otimizadas, assim como toda a cadeia de fornecedores: “Tivemos forte curva de aprendizagem no primeiro ano e, agora, estamos executando com a localização da Índia para cá”.