São Paulo – Com o que chama de “otimismo cauteloso” Ciro Possobom, presidente da Volkswagen do Brasil, disse acreditar em um 2023 melhor do que 2022 para o mercado brasileiro de veículos. Ele participou do Congresso AutoData Perspectivas 2023, organizado pela AutoData Editora em ambiente online até a sexta-feira, 28.
Para a Volkswagen, porém, o salto deverá ser maior, estimou o executivo. Este ano a companhia foi uma das mais prejudicadas pela crise dos semicondutores, com suas vendas em queda de 19,6% até setembro e a participação recuando de 15,4% no acumulado dos primeiros nove meses de 2021 para 13,1% em igual período deste ano.
“Nos últimos meses já retornamos à nossa participação histórica e ao lugar em que sempre estivemos. Sofremos muito com a questão dos semicondutores, mas no ano que vem não deveremos sofrer tanto assim, o que nos colocará de volta à briga pelas primeiras posições.”
Possobom ressaltou, entretanto, que market share não é o objetivo final: a meta é crescer de forma sustentável.
A partir de 2023 a Volkswagen deverá acelerar seu plano de quinze lançamentos até 2025, dos quais só dois foram apresentados – o Jetta GLI e o novo Polo. Outro já é conhecido, o Polo Track, novo veículo de entrada que deverá ocupar a faixa de mercado abaixo do Polo e que sairá das linhas de Taubaté, SP, que recebe investimentos para a instalação da plataforma MQB. Seu início de produção está confirmado para o ano que vem.
Compõem o cardápio de novidades da Volkswagen veículos elétricos, híbridos e a tecnologia híbrido flex, que está sendo desenvolvida pela engenharia brasileira. Em meados de novembro, revelou o presidente, será inaugurado o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Biocombustíveis em São Bernardo do Campo, SP, de onde sairão as principais inovações em combustíveis alternativos, com ou sem eletrificação.