São Paulo – Embora muito se fale no cumprimento de agenda ESG no setor automotivo, e em prazos para que as emissões de gases causadores do efeito estufa sejam reduzidas, nem todas as empresas estão verdadeiramente engajadas ou preparadas para colocar, efetivamente, em prática medidas capazes de melhorar os indicadores sociais, governamentais e de meio ambiente. Nesse contexto a tecnologia pode ser aliada fundamental para tirar o conceito do papel e, de fato, aplicá-lo.
É nisto que acredita o CEO da ESG Now, Elias Neto, durante apresentação no último dia do Seminário Brasil Elétrico + ESG, realizado pela AutoData Editora, de forma online, em 29 e 30 de novembro.
“Muito se fala em zero emissões até 2030. Mas o que você e sua empresa estão fazendo para contribuir com isso? Será que o caminho adotado está surtindo o efeito pretendido? Não podemos fazer ESG de marketing, mas um ESG real.”
Segundo Neto no setor automotivo, principalmente, esse conceito vem carregado de confusão e de pouca transparência. Apesar de a necessidade de adoção da agenda ser majoritariamente reconhecida, há pouca maturidade em seu trato.
O especialista citou, como os principais problemas, a falta de ferramentas para a coleta de informações, dados pulverizados e a ausência de padronização para organizá-los.
Este cenário é agravado por fatos como o engessamento que impede a criação de indicadores e metas, a escassa colaboração dos portadores de informações por não haver interação dos múltiplos usuários em um ambiente único, além da baixa interatividade dos softwares disponíveis.
Diante disso Neto elencou quatro pontos fundamentais para que o ESG funcione efetivamente. Um deles é a escolha de solução digital que entregue as funcionalidades adequadas, outra é ir a um passo por vez, com monitoramento gradativo, sem tentar abraçar o mundo, evoluindo o sistema de gestão aos poucos.
O especialista apontou, ainda, a importância de se estabelecer um documento que especifique as regras de mensuração de metas e indicadores-chave. E, também, de compreender como outras áreas fazem uso dos mesmos dados a fim de evitar duplicidade, e centralizar a gestão dos dados em um mesmo ambiente:
“A tecnologia é a principal aliada para colocar em prática a agenda ESG. E a gestão qualificada de dados é fundamental nesse processo”.